O varejo no Japão tem passado por uma transformação por conta das tendências de sustentabilidade e a demanda por roupas que possam ser reparadas ou que durem. Saiba mais.
Varejo no Japão sofre mudanças
Noriko Saiki, gerente do Japan Research Institute, que está fazendo um relacionamento entre a indústria de moda e as metas de sustentabilidade propostas pelas Organizações Nações Unidas disse alguns insights para a reportagem do Asahi Shimbun.
Segundo o especialista, o aspecto negativo da indústria de moda ficou conhecido mundialmente, agora existirão propostas éticas eco-friendly seguindo os comportamentos sobre consumo que rapidamente mudarão.
Novos consumidores aparecerão e um perfil de gente que espera encontrar roupas recicláveis e ter peças que durem mais.
Desde os dias antigos no Japão é uma tradição reparar roupas, pois o país passou por um tempo de dificuldades de guerra e as pessoas valorizam isso.
Seguindo a tendência está a indústria japonesa varejista de moda fast fashion Uniqlo Co.
Eles abriram um studio dentro do Setagaya-Chitosedai perto de Tokyo em outubro de 2022.
Especializados em reparar e refazer seus próprios produtos, a loja está consertando roupas e provém alterações de seus produtos sem cobrar por taxas.

Parece que satisfazer as necessidades dos consumidores foi bem recebida. A loja Uniqlo tem uma operação permanente em três lojas do Japão, aceitando ordens para consertar jaquetas e partes de calças jeans, por exemplo.
15,000 toneladas de roupas reparadas no Japão
15,000 toneladas de roupas foram reparadas no Japão em 2009, de acordo com relatórios pelo Ministério do Ambiente em 2021. Em 2020 foram 110,000 toneladas.

Tendência mundial
Medidas similares estão ocorrendo fora do Japão, por exemplo, o governo francês anunciou subsídios para reparação de roupas e sapatos para reduzir os desperdícios em outubro.
A Spain’s Inditex, que opera a rede de operações da Zara, lançou serviços de reparo para seus produtos na Inglaterra em novembro de 2022.
A empresa Patagonia é uma empresa japonesa que opera dois centros na prefeitura de Kanagawa, refazendo 20,000 peças de roupas todos os anos.
Mark Little que faz seu planejamento nos Estados Unidos explicou que quando eles fazem o planejamento de um novo produto, eles pensam se é mesmo necessário uma fabricação do zero e se os consumidores desejarão comprar.
Eles levam em consideração se a peça pode ser reparada no estágio de design, optando por usar botões que são fáceis de consertar e escolhem materiais duráveis.
Indústria de reparos no Japão tem falta de mão de obra
Apesar das melhorias que serão importantes para um mundo mais sustentável, a indústria japonesa passa por um período de falta de mão de obra.
O número de lojas de reparo está diminuindo muito rápido, segundo Hidekazu Sato, chefe de departamento do Japan Apparel Quality Center.
Os artesãos japoneses estão envelhecendo e alguns locais não estão dando conta da demanda de reparos. Os jovens não estão tendo interesse em aprender, pois é necessário muita disciplina e a área paga pouco.
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