A parceria Hitachi Ltd (6501.T) entre a University of Utah Health e Regenstrief Institute Inc anunciaram o desenvolvimento de uma inteligência artificial personalizada para pacientes com diabetes tipo 2.
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que um em cada dez adultos no mundo são diagnosticados com diabetes tipo 2, logo, o número de portadores da doença pode ser maior do que as estimativas oficiais.

Desse grupo de 10% da população adulta global, um subgrupo de pacientes precisa de complexas combinações de fármacos para controlar o nível de glicose no sangue para evitar casos graves como perda de visão ou doença nos rins.
Agora, com a inovação desenvolvida pela parceria entre Hitachi Ltd, a University of Utah Health e Regenstrief Institute Inc, esses pacientes terão a possibilidade de encontrar tratamentos adequados.
Inteligência artificial solucionando problemas complexos
Pacientes que precisam de tratamento individualizado são desafiadores para médicos que possuem poucos recursos, isto é, evidência clínica que demonstre a escolha de fármacos corretos para tratar a doença.
Para obter um tratamento eficiente a esse subgrupo é necessária uma quantidade significativa de dados e uma capacidade de análise e cruzamento de dados que só é possível por meio da inteligência artificial.

A solução encontra pelos parceiros Hitachi, University of Utah Health e a Regenstrief foi coletar o máximo de dados de instituições de saúde nos estados de Utah e Indiana, EUA, sobre pacientes da diabetes tipo 2.
Baseado nas características individuais de cada paciente, a inteligência artificial, a partir de seus mecanismos de learning models, é capaz encontrar casos similares e avaliar quais são os fármacos que melhor responderão ao tratamento.
Resultado fruto de anos de trabalho
A parceria entre as empresas do Japão, EUA e a academia estadunidense existe há anos e começou com a tentativa de desenvolver um sistema capaz de fornecer, com precisão, tratamentos para o diabetes.
Mas o caminho até chegar ao resultado anunciado na sexta-feira, 25 de março de 2022, foi cheio de dificuldades, afinal, foi preciso equalizar dados como os diferentes estágios da doença, medicamentos administrados e diferenças regionais.

Após anos de pesquisa, foi possível estabelecer um algoritmo que agrupa pacientes em estágios similares, quais os medicamentos foram receitados e os resultados clínicos da evolução do caso.
Após avaliar os resultados fornecidos pela inteligência artificial, os pesquisadores afirmaram que o algoritmo foi capaz de prescrever medicação (com uma ou mais) adequada para 83% dos casos do estudo.
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Pesquisa futuras e novos investimentos
Ainda há progressos a serem realizados pelos parceiros. A expectativa é que no futuro pacientes com diabetes tipo 2 que precisarem de tratamentos complexos possam obter as melhores combinações possíveis de medicamentos junto ao profissional médico.
O desenvolvimento do algoritmo da nova inteligência artificial continuará recebendo pesquisa e investimentos para aumentar a capacidade da IA contribuir para melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.

A japonesa Hitachi informou que acelerará seus esforços que deverão incluir as divisões de saúde, tecnologia e negócios da corporação como a GlobalLogic Inc, empresa de engenharia digital que vem desenvolvendo uma série de projetos nos EUA.
Para ter acesso ao resultado da pesquisa (em inglês) dos parceiros Hitachi Ltd, University of Utah Health e Regenstrief Institute Inc, clique em “Predicting pharmacotherapeutic outcomes for type 2 diabetes: An evaluation of three approaches to leveraging electronic health record data from multiple sources”
Fontes: JapanToday, Daytonews, Hitachi
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