Uma pesquisa realizada pela Kyodo News em janeiro de 2022 e divulgada no domingo (23) revelou um índice de aprovação da gestão do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, de 55,9%.
Houve uma queda de 4,1% em relação a dezembro de 2021 e um dos principais motivos é a explosão de casos de contaminados pela variante Omicron do SARS-CoV-2 e as medidas restritivas.

Por outro lado, a rejeição a gestão do primeiro-ministro aumentou 2,5% em relação ao mês anterior e atingiu 25,2%. A entrevista também ouviu sobre os medos e receios dos japoneses nesse momento da pandemia de COVID-19.
Foram selecionados 639 telefones residenciais e 1.739 telefones móveis aleatórios, a instituição recebeu 534 e 525 respostas válidas, respectivamente. Confira.
Medo do contágio
No dia 22 de janeiro de 2022, a prefeitura de Tokyo registrou 11.227 infecções, o maior número de contaminados desde o início da pandemia.
O sábado não foi um dia fácil para o Japão como um todo, foram confirmados 54.576 casos em 24 horas. Foi o quinto dia consecutivo de recordes em casos diários.

Como as pandemias se caracterizam por sua longa duração, a sociedade japonesa está cada vez menos cooperativa com os esforços de controle do contágio. Mas o medo de se contaminar é alto.
A Kyodo News revelou que 89,7% dos japoneses cancelaram almoços, jantares e viagens a trabalho por causa do aumento vertiginoso de contaminação, e 76,5% disseram temer se contaminar com a Omicron.
Vacinação
De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, 79,2% dos japoneses foram vacinados com duas doses, porém, apenas 1,5% da população recebeu a dose de reforço.
No total foram aplicadas pouco mais de 200 milhões de doses e 99,6 milhões de pessoas receberam duas doses dos imunizantes contra a COVID-19.
O primeiro-ministro informou que acelerará a vacinação de reforço dos idosos para imunizar as outras faixas etárias até março.

Segundo os dados levantados pela Kyodo News em sua pesquisa de dois dias, 47,9% dos entrevistados afirmaram que tomarão a dose de reforço o mais rápido possível.
Desde a primeira infecção da Omicron no Japão no dia 30 de novembro de 2021, os casos de contaminação diária aumentaram 100 vezes em um espaço de três semanas.
Em 1° de janeiro de 2022 foram registradas 534 contaminações em todo o país, no dia 22 foram 54.576 casos.
Gestão do primeiro-ministro Fumio Kishida
Entre os 55,9% daqueles que aprovam a gestão do primeiro-ministro Fumio Kishida no primeiro mês de 2022, 17,7% afirmaram confiar em Kishida e 8,6% estão esperançosos quanto sua política econômica.

Já entre seus críticos (25,2%), 28,3% não tem nenhuma expectativa em relação as políticas econômicas do governo central e 19,5% acreditam que faltam ao primeiro-ministro algumas qualidades essenciais a um líder.
Sobre o estado de quase-emergência implementado nas 32 das 47 prefeituras, 50,2% acreditam que as medidas de restrição vieram tarde demais, 40,4% disseram que o momento foi adequado.
Leia também
- Cidade de Suzuka sediará conferência das cidades com grande concentração de residentes estrangeiros para discutir sociedade inclusiva
- Musashino se torna a terceira cidade japonesa a permitir que estrangeiros residentes tenham direito a voto em referendos municipais
- Gestão Yuriko Koike reconhecerá parceria entre pessoas do mesmo sexo em Tokyo
- Entenda a questão feminina da sucessão Imperial na gestão Yoshihide Suga
Outros números
Perguntado sobre qual partido votarão nas próximas eleições, 38,3% apoiarão o LDP (Liberal Democratic Party), 15,3% apoiarão o partido da oposição CDPJ (Constitutional Democratic Party of Japan) e 12,5% votarão para o também partido de oposição Japan Innovation Party.
O Komeito, partido aliado do LDP do primeiro-ministro Fumio Kishida receberá o apoio de 4,1% dos entrevistados, o JCP (Japanese Communist Party) terá o apoio de 3,8%.

Sobre a Família Imperial, foram questionados sobre as duas opções debatidas na Dieta para a sucessão Imperial: 75,3% apoiam ter uma Imperatriz que tenha se casado com um plebeu, como aconteceu com Akihito e Naruhito.
Mas ainda há resistência e nem todos estão tão seguros assim do destino da Família Imperial, 54,4% dos entrevistados também apoiam a ideia de restaurar antigos ramos da família para que a lei de 1947 seja mantida.
0 comentário em “Pesquisa de janeiro de 2022 revela índice de aprovação de 55,9% da gestão do primeiro-ministro Fumio Kishida”