Profissionais de saúde do Japão se rebelam contra Olimpíadas
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Profissionais de saúde no Japão se rebelam contra Olimpíadas Tokyo

Comitê Organizacional pediu voluntários entre profissionais de saúde para trabalhar nas Olimpíadas

Os profissionais de saúde do Japão rejeitaram os planos de enviar 10.000 voluntários que já estão sobrecarregados para trabalharem nas Olimpíadas de Tokyo 2020 que ocorrerão a partir de julho de 2021 devido a pandemia de coronavírus.

A notícia repercutiu entre os principais veículos de comunicação internacionais, como The Guardian, La Prensa Latina e The Whashington Post.

Quarta onda

Atualmente, o país enfrenta a quarta onda de infecções com casos mais graves devido as novas variantes.

Os organizadores planejavam designar cerca de 10.000 profissionais de saúde para cuidar dos testes diários dos atletas na vila e lidar com possíveis casos de infecção que poderiam ocorrer durante os jogos entre atletas e equipes.

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Semana passada, os organizadores das Olimpíadas pediram 500 profissionais da Associação de Enfermeiros que pudessem se voluntariar para trabalhar nos jogos. Foi a gota d’água.

Então, os profissionais e seus representantes da área foram até as redes sociais para denunciar que enfermeiros não são peças descartáveis e estavam desesperados para proteger seus pacientes. O apelo foi compartilhado por centenas de pessoas e a mensagem repercutiu.

Uma hashtag contra o envio dos profissionais de saúde para as Olimpíadas foi ao trend topics do Twitter no Japão como forma de protesto virtual.

A Federação dos Trabalhadores Médicos soltou um comunicado na sexta-feira demandando que o pedido fosse revogado.

O secretário general da federação, Susumu Morita, disse: “Eu sinto uma forte raiva contra a insistência em organizar as Olimpíadas mesmo com o risco a vida e saúde dos pacientes e dos profissionais de saúde’’.

Várias prefeituras do Japão, incluindo Osaka e Aichi, passam por dificuldades com a falta de profissionais de saúde com o aumento de infecções de coronavírus na quarta onda.

Além disso, muitos estão se demitindo devido a condições severas de trabalho que inclui muitas horas extras além dos plantões corriqueiros.

Então, a falta de pessoal qualificado e o boicote das organizações mudaram os planos iniciais do comitê organizacional de ter estes profissionais de saúde como voluntários.

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