Indústria funerária no Japão tem alta demanda com número alto de óbitos
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Indústria funerária do Japão não dá conta para lidar com quantidade de óbitos

Indústria funerária do Japão tem fila de espera de duas semanas.

Mais de 1.56 milhões morreram no Japão em 2022, o maior número já registrado desde que eles começaram a monitorar os óbitos no país em 1899, segundo dados da reportagem do NHK.

Por isso, a indústria funerária do Japão não tem conseguido lidar com todos os procedimentos e ritos para todas as famílias no tempo adequado.

O cenário é de muita espera, frustração e prolongamento da dor do falecimento de um ente querido. Saiba mais.

Indústria funerária do Japão

Indústria funerária do Japão enfrente alta demanda e poucos crematórios

A expectativa é que o trabalho da indústria funerária do Japão apenas aumente nos próximos anos. A estimativa é de que em 2040 as mortes cheguem a 1.67 milhões de pessoas.

Além das funerárias, os municípios também mostram despreparo para lidar com a situação.

Duas semanas para enterros

Tempo de espera de duas semanas para enterro no Japão mostra que

Duas semanas de espera é a média que algumas famílias estão tendo que esperar para enterrar ou cremar seus parentes que morreram.

Segundo as estatísticas de 2022, a maior causa de mortes foi câncer (385,787 pessoas), seguida por doenças do coração (232,879), óbitos relacionados a idade (179,524), problemas vasculares cerebrais (107,403), pneumonia (74,002) e COVID-19 (47,635).

Uma mulher de Chigasaki perdeu sua avó de 94 anos em fevereiro. Para evitar aborrecimentos de seus pais idosos, ela se adiantou e cuidou dos preparativos de cremação, sem funeral e no plano mais simples.

No entanto, a data para a cremação mais próxima ocorreria 11 dias após a morte a um custo de 13.000 ienes por dia para manter o corpo até a data.

Quando foi pesquisar outro crematório com serviço imediato em outro município, os custos com transporte ficariam muito caros para a renda de aposentados de seus pais.

Enquanto as funerárias possuem dificuldades, o ramo de armazenamento e conservação com câmaras refrigeradas está com cinco vezes mais pedidos. Tatumi Kogyo é uma fabricante de Kawasaki está vendo a demanda apenas crescer em funerais domiciliar e cremações.

Não é fácil achar terreno para crematório

Os municípios estão tentando lidar ao tentar renovar a capacidade dos crematórios existentes e construir novos. No entanto, não é fácil achar terreno para fazer crematórios.

As pessoas possuem resistência em aceitar morar perto de crematórios nas áreas urbanas, por isso é difícil achar locais de construção. Em Yokohama existem quatro unidades e uma média de espera de até seis dias.

Para diminuir o tempo de espera eles esperam melhorar os estabelecimentos, construir uma nova unidade em três anos, além de incentivar que as pessoas aceitem cremação em dias como o tomobiki, que é considerado um dia de azar.

Mudança de mentalidade

Takeda Itaru, diretor representativo da Associação de Iniciativas de Pesquisa para Cremação, Funerais e estudos de cemitério, ele acredita que a melhor solução para o problema da indústria funerária do Japão é mudar a mentalidade das pessoas.

Número de óbitos só aumentará

Isto deve ser feito logo, já que a expectativa é que mesmo após o pico de óbitos previsto para 2040, o número continue alto chegando a 1.5 milhões de pessoas até 2070, segundo o Instituto Nacional do Japão de População e Pesquisa de Seguridade Social.

Custos altos e perdas

Com o aumento da expectativa de vida das pessoas, problemas surgirão para as famílias conseguirem pagar os custos dos falecidos e aumentará o número de pessoas mitigando perdas, segundo Kotani Midori, diretora representativa do Instituto Sênior de Pesquisa para Vida e Cultura.

Falar sobre o fim da vida

Por isso, as pessoas devem conversar com seus familiares como elas desejam encerrar suas vidas, quem contatar e estabelecer relacionamentos com pessoas fora da família para que seus desejos sejam atendidos, como vizinhos e amigos de confiança.

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