Por conta das regras rígidas das escolas, uma estudante japonesa virou alvo de atenção por um comportamento que não é aceito. Ela aparou a sobrancelha e recebeu uma medida disciplinar considerada rigorosa.
Regras de escolas japonesas são rígidas
As escolas japonesas possuem regras quanto a aparência dos estudantes. Isso cria muito debate no país, pois são velhas tradições, mas que acabam criando situações que incomodam a sociedade.
As medidas disciplinares proíbem estudantes de pintar o cabelo de qualquer cor, de fazer as unhas, usar maquiagem, acessórios e mudar sua aparência.
Algumas escolas são mais rígidas e outras acabaram se modernizando. O esperado é que as crianças não se destaquem entre umas e outras.
Esta medida tradicional é uma forma para agir contra bullying e uma estética disciplinar para ensiná-las a pensarem no coletivo desde cedo.
No mês de abril, uma escola em Fukuoka na cidade de Kurume fez uma checagem de aparência nos estudantes do ensino médio.
Uma estudante japonesa de 14 anos de idade não passou na inspeção por ter retirado excesso de sobrancelha nas laterais.
Ela acabou sendo punida com uma medida chamada besshitu toko por três dias. Nele, a estudante é isolada de seus colegas de sala e tem aula de forma privada. Além disso, foi obrigada a escrever uma redação refletindo sobre o que fez.
A premissa é que os estudantes não gastem seu tempo tentando melhorar sua aparência neste período escolar. No entanto, estas justificativas aos poucos são contestadas.
O caso ficou famoso através da imprensa japonesa e repercutiu levantando questionamentos sobre este tipo de rigidez.
A conciliadora Matsumi Kaneko, 61 anos, da cidade de Kurume afirmou que a punição foi longe demais e a regra da escola ultrapassa limites da lógica. Outras pessoas se manifestaram pela internet concordando com este posicionamento.
No entanto, o diretor da escola Miki Hata, 55 anos, afirmou que as medidas são preventivas para que os alunos não sejam incentivados a prestar muita atenção em seus cabelos e sobrancelhas para não desviar o foco de outros aspectos importantes nesta fase da educação.
Fontes: Japan Today
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