Em um único post, confira uma seleção das principais e mais interessantes notícias do Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, economia, sociedade e mais.
Fumódromos são banidos de Shinkansen
No sábado, 16 de março, as linhas de Shinkansen de Tokaido, Sanyo e Kyushu baniram todos os acentos de fumantes e fumódromos em seus trens balas.
Com a proibição, fumar em Shinkansen se tornou proibido em todo território nacional.
Fumar já era proibido nas linhas de Nagano (Hokuriku), Tohoku, Joetsu, Akita e Yamagata após a promulgação da Health Promotion Law em 2003 exigindo das companhias formas de prevenir o fumo passivo.
Nas linhas Tokaido e Sanyo em todos os acentos dos trens da série N700 é proibido fumar desde o início de suas operações em 2007 e nos modelos subsequentes.
Porém, os trens ainda possuíam áreas para fumantes e fumódromos para passageiros fumantes.
Mas, a partir do dia de 16 de março, esses ambientes para fumantes foram abolidos em todas as divisões da Japan Railways.
Muitos fumantes reclamaram da decisão da companhia dizendo terem sido eles a ajudar a companhia a pagar as dívidas da Japanese National Railways, a estatal privatizada em 1987 e se tornou a Japan Railway.
Em outubro de 1998, o governo japonês impôs uma sobretaxa de imposto nos produtos tabagistas. Esse dinheiro foi utilizado para pagar as dívidas da antiga estatal e financiar as operações ambientais do governo.
O descontentamento foi expressado no X por um burocrata do setor de transporte do Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo, membro do Kokkai e fumante ao criticar a decisão da Japan Railways em banir os fumódromos dos Shinkansen.
Com a sobretaxa nos produtos de tabaco, os fumantes pagam JP¥ 16,40 (US$ 0,11) de impostos numa carteira de cigarros, ou JP¥ 0,82 por cigarro. Esse imposto representou JP¥ 112,2 bilhões (US$ 1,07 bilhões) no ano fiscal de 2020.
Com a ajuda dos impostos especiais sobre o tabaco, a dívida da Japanese National Railways caiu de JP¥ 28 trilhões (US$ 154,2 bilhões) para JP¥ 15 trilhões (US$ 100,56 bilhões). Mas, um funcionário da Japan Railway se comprometeu em nunca esquecer deste fato.
De acordo com o funcionário, a crescente consciência sobre questões de saúde e o declínio do número de fumantes foi a principal razão para a proibição: “A decisão era inevitável, tanto por colocar o cliente em primeiro lugar e pela obrigação de prevenir o fumo passivo”.
Os fumódromos dos trens de Shinkansen serão utilizados para armazenar água e outros itens de emergência.
Embora os trens tenham abolido as áreas de fumantes, elas permanecem disponíveis nas estações da linha Tokaido e nas estações da Central Japan Railway Co (9022.T).
Japanese Society of Gender Identity Disorder retira o termo Disorder de seu nome
A Japanese Society of Gender Identity Disorder (Sociedade Japonesa de Transtorno de Identidade de Gênero), grupo dedicado ao estudo transgênero decidiu retirar o termo Disorder (transtorno) de seu nome.
A decisão foi anunciada no domingo, 17 de março, na reunião geral após o último entendimento de pessoas e se identificam com o gênero diferente daqueles inscritos no nascimento.
A mudança coloca o grupo de estudo em linha com as recentes recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) em utilizar o termo “incongruência de gênero” em vez de “transtorno de gênero”.
O professor da Okayama University, Mikiya Nakatsuka, presidente da sociedade disse a repórteres na prefeitura de Okayama, ter esperança de a mudança no nome do grupo ajude a aumentar a consciência pública sobre as pessoas transgênero: “Sem mudança na sociedade, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas transgênero persistirão”, afirmou Nakatsuka.
O termo “transtorno de identidade de gênero” foi abandonado pelos manuais de diagnósticos em 2022. O tema passou a ser encarado muito mais com uma questão de saúde sexual do que um transtorno mental.
O termo “transtorno de gênero” na Japanese Society of Gender Identity surgiu junto com o grupo em 1999.
Ao longo dos anos os membros sugeriram mudanças no nome como o utilizado pela American Psichyatric Association em 2013, “disforia de gênero”.
Maioria dos japoneses é contra o religamento de usinas nucleares
Uma pesquisa de opinião conduzida pelo Mainichi Shimbun nos dias 16 e 17 de março, mas sem a divulgação da quantidade de participantes, revelou 45% dos japoneses serem contra o religamento das usinas nucleares contra 36% favoráveis.
O aumento da rejeição é explicado pelo terremoto 7,6 na península de Noto, prefeitura de Ishikawa no dia 1º de janeiro e causador de danos no reator nuclear nº2 da usina de Shika.
Em maio de 2022 e março de 2023 o Mainichi Shimbun conduziu a mesma pesquisa, e nas ocasiões, 47% e 49% respectivamente apoiavam o religamento das usinas nucleares contra 30% e 37%, respectivamente, que se opunham.
Em contrataste da atual pesquisa, 55% dos homens são favoráveis ao uso das usinas contra 36% contrários. Já as mulheres, 56% são contra o uso da energia nuclear contra apenas 20% favoráveis.
Entre os entrevistados na faixa etária de 18 a 29 anos, 70% se disseram favoráveis ao religamento das usinas.
60% dos entrevistados com mais de 70 anos se opõem a ideia. A opinião entre as pessoas na casa dos 50 anos ficou divida entre 40% a favor e 40% contra.
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