É cada vez mais comum observar idosos no Japão entre 80 e 90 anos no país que não enxergam sentido em parar de trabalhar ou apenas querem perseguir sonhos e desejos que ficaram suprimidos durante sua juventude.
O Japão vive uma realidade em que a expectativa de vida das pessoas apenas aumenta. Isso está trazendo a luz efeitos da longevidade na sociedade. Saiba mais.
Vida após os 60 dos idosos no Japão
Após os 60 anos, alguns japoneses estão percebendo que a vida pode continuar de forma ativa.
É o exemplo de Kazuo Morita, 91 anos, que é um chef de sushi ativo que leva seu trabalho com humildade e modéstia.
Parou por dois anos e depois voltou
Ele começa todos os dias com sentimento de gratidão a tudo, desde o peixe que serve até seus funcionários e clientes. Chegou a se aposentar em 2017, mas após dois anos sentiu vontade de reabrir, segundo o Japan Today.
Morita mostra apenas uma parte da realidade de um país que tem mais de 90.000 pessoas centenárias. 19.3 milhões tem mais 75 ou mais, enquanto 36.27 milhões tem pelo menos 65 anos.
Uma vida pela frente
Estas pessoas encontram após sua aposentadoria uma vida pela frente que não se resume apenas a sobrevivência, mas um motivo ou felicidade para continuar seguindo.
Esta parcela tem um emprego estável durante sua juventude, não tem grandes questões econômicas e não quer parar por conta da idade, pois tem amor aquilo que fez a vida toda, como enxergam novos caminhos.
Programação após os 60 anos
Este é o caso da programadora de 87 anos chamada Masako Wakamiya. Após trabalhar a vida toda em banco e após a aposentadoria aos 60 anos começou a se integrar online usando tecnologias.
Comprou um computador aprendeu a mexer e começou a fazer amigos online, ensinar computação a idosos e a jogar videogames.

No entanto, descobriu que os jogos focam em habilidades que os idosos possuem dificuldades, necessitando ter reflexos rápidos. Já que ninguém faria isso, quis virar programadora.
Com muita paciência e vontade trilhou um longo caminho e aos 80 anos estava pronta para desenvolver seu jogo.
Leu livros, buscou ajuda e não teve pressa. Seu jogo é um aplicativo para celular que virou um hit chamado Hinada.
Nele, são necessários experiência e conhecimento. Segundo Wakamiya nunca é tarde para aprender.
“Quando você envelhece, você perde muitas coisas: seu marido, seu trabalho, seus cabelos, sua visão. As perdas são numerosas. Mas quando você aprende alguma coisa nova, seja programação ou piano, é uma coisa a mais, é motivante.”
“Uma vez que você alcança sua vida profissional, você deveria retornar para a escola. Na era da internet, se você parar de aprender, terá consequências para sua vida cotidiana.”
O Japão é um dos países que envelhece rapidamente e os dois casos citados são aqueles em que as pessoas não tem que continuar na ativa, pois precisam de dinheiro para sobreviver, mas que encontraram tempo livre e motivação para fazer algo na vida pós aposentadoria.
Mostra uma face do país que continua ativa, pois quer e não por necessidade, fazendo levantar questões societais relacionadas aos idosos no Japão.
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