O Primeiro-Ministro Yoshihide Suga avisou em coletiva que o estado de emergência será prorrogado nas 4 maiores regiões do país. Tokyo, Osaka, Kyoto e Hyogo continuarão com medidas restritivas mais rigorosas até o fim do mês de maio, segundo informações divulgadas pelo NHK.
Os residentes destas regiões estão sendo orientados a ficar em casa, bares e restaurantes devem evitar vender bebidas com álcool e fechar cedo às 20 hs.
O estado de emergência foi levantado no mês passado, mas os números de pacientes que precisam ser internados continuam altos e os números de óbitos diários estão em um limite considerado perigoso no Japão.
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A cidade de Osaka, uma das maiores do Japão, registra o maior número de infectados por semanas seguidas do país e o sistema de saúde está em seu limite. Todos os leitos estão cheios.
Na quinta-feira, Osaka contabilizou 747 novos casos e a prefeitura pediu ao governo que prolongasse o estado de emergência que estava previsto para terminar no dia 11 de maio.
A governadora de Tokyo, Koike Yuriko, também deu declarações afirmando que a capital japonesa também está em estado crítico e o estado de emergência deveria continuar. Na quinta-feira, Tokyo registrou 592 casos.
O número pode parecer baixo, mas as autoridades avisaram que por conta do feriadão Golden Week, o número de testes foi menor em relação a outros períodos. O que pode dar uma falsa sensação de queda no número de casos.
Novos epicentros surgem no Japão
Enquanto isso, segundo informações do jornal Nikkei, noticiou que escritórios e escolas se tornaram o epicentro de infecções de coronavírus no Japão.
A taxa de infecções nestes locais está ultrapassando os dos hospitais e de retiros de idosos. De 463 surtos, 96 foram ligados a locais de trabalho.
Reuniões de trabalho
As reuniões de trabalho foram identificadas como fonte de alastramento de novas infecções quando existe um grande número de pessoas reunidos com comida e bebida compartilhada, segundo informações do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas.
Nem o Ministério da Saúde ficou imune. Um surto foi registrado a partir de uma reunião com confraternização ao final de março em evento conectado com o Ministério da Saúde e Bem-estar para os Idosos.
O coronavírus contaminou espaços em comum, equipamentos, telefones, fontes de água e banheiros.
Um exemplo foi o caso de uma mulher na faixa dos 50 anos que foi a uma reunião de trabalho um dia antes de apresentar sintomas. Três pessoas desenvolveram a doença em quatro dias após o encontro e mais três nos próximos doze dias.
Em adição, duas pessoas que não estavam ligadas a reunião de trabalho também acabaram se infectando. Ao todo foram nove pessoas contaminadas por causa desse encontro de trabalho, segundo foi relatado pela reportagem do Nikkei.
Escolas e centros de educação
Além disso, escolas e centros de educação representaram 13% das novas infecções em abril, número muito maior em comparação com as outras 3 ondas prévias.
Clubes de esporte e centros atléticos acabaram se tornando um problema com focos impulsionados por jogos, como um surto que aconteceu a partir de um jogo de vôlei feminino em Kochi.
As novas variantes estão se mostrando mais contagiosas e os jovens estão se infectando com mais facilidade e evoluindo para casos graves.
Em Osaka, um terço de pacientes graves entre 1 de março a 2 de maio tinham menos de 50 anos de idade, quase o dobro da média registrada na terceira onda de outubro a fevereiro.
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