Coronavírus no Japão, 12 de março de 2021

Nessa sexta-feira foram divulgados os dados sobre novos infectados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão. Os dados são referentes aos testes realizados no dia 9 de março, terça-feira.

Tokyo conduziu 8.053 testes PCR na terça-feira em toda a prefeitura e confirmou 304 novos casos do novo coronavírus SARS-CoV-2, 31 casos a menos do relatado na quinta-feira (11) relativo aos testes conduzidos no dia 8, segunda-feira. Dos contaminados, 160 eram do sexo masculino e 144 do sexo feminino.

Em todo o território nacional foram confirmados 1.270 novos casos de COVID-19 dos quais 354 apresentaram sintomas graves e precisaram ser hospitalizados (37 em Tokyo). Foram registrados 58 óbitos relacionados a doença.

Além da prefeitura de Tokyo, as regiões mais afetadas pela pandemia foram Saitama (155), Osaka (111), Kanagawa (107), Chiba (105), Hokkaido (53), Aichi (52), Miyagi (49), Hyogo (49), Ibaraki (43), Fukuoka (43) e Okinawa (38).

Região Metropolitana de Tokyo registra aumento de contaminações

O ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Norihisa Tamura se disse preocupado nessa sexta-feira pelo aumento de casos de COVID-19 na Região Metropolitana de Tokyo (Tokyo, Kanagawa, Saitama e Chiba), área com a maior densidade demográfica do Japão.

A região é a residência de 37 milhões de pessoas, ou seja, aproximadamente 30% da população japonesa está concentrada nessa área. E é justamente nessas prefeituras onde estão também concentrados a maioria dos casos de infecção pelas novas variantes B.1.1.7 (britânica), P.1 (brasileira) e E484K (sul-africana) do coronavírus.

Apesar do estado de emergência ter sido estendido na região, os casos não estão diminuindo da forma como se esperava, o que levanta a possibilidade de uma quarta onda de infecções do SARS-CoV-2

O ministro Tramura levantou também a possibilidade de o estado de emergência ser estendido para além do dia 21 de março. “O levantamento das medidas será baseado na implementação de um sistema para garantir que não haja aumento de casos”, informou em coletiva de imprensa.

Para a governadora de Tokyo, Yuriko Koike, as infecções ainda estão muito além da meta estabelecida em reduzir a taxa de contaminação em 70% em relação a semana anterior. “O número de casos positivos parou de diminuir e precisamos estar muito vigilantes sobre a possibilidade de um ressurgimento pelas novas variantes”, disse a governadora em entrevista.

Vacinação contra o coronavírus no Japão

O Japão é o último país industrializado a iniciar a campanha de vacinação por uma série de fatores: liberação dos imunizantes pelas agências sanitárias reguladoras, exportação e estoque de seringas.

Mais de 150 mil trabalhadores da saúde e outros profissionais que atuam diretamente na linha de frente no combate a pandemia a receberem a primeira dose dos imunizantes Pfizer-BioNTech, mas a campanha tem apenas um mês.

Além disso, o ritmo da vacinação acontecerá de acordo com o estoque de seringas especiais de baixo volume morto para não haver desperdício de doses nos frascos dos imunizantes. Por isso, o governo central chegou a autorizar o uso de seringas para insulina para vacinar.

No entanto, a posição do governo mudou nessa sexta-feira. De acordo com o ministro encarregado pela vacinação no Japão, Taro Kono, utilizar essas serinas poderá afetar o estoque disponível para os diabéticos. “Existem muitas pessoas que precisam de insulina e não queremos que elas sejam utilizadas para outro propósito, no entanto, hospitais são livres para vacinar se houver seringas excedente”, disse Kono para jornalistas.