Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão
Nesta quinta-feira foram divulgados os dados sobre novos infectados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão. Os dados são referentes aos testes realizados no dia 8 de março, segunda-feira.
Tokyo conduziu 9.369 testes PCR na segunda-feira em toda a prefeitura e confirmou 335 novos casos do novo coronavírus SARS-CoV-2, 5 casos a menos do relatado na quarta-feira (10) relativo aos testes conduzidos no dia 7, domingo. Dos contaminados, 198 eram do sexo masculino e 137 do sexo feminino.

Em todo o território nacional foram confirmados 1.280 novos casos de COVID-19 dos quais 354 apresentaram sintomas graves e precisaram ser hospitalizados (39 em Tokyo). Foram registrados 54 óbitos relacionados a doença.
Além da prefeitura de Tokyo, as regiões mais afetadas pela pandemia foram Saitama (126), Kanagawa (125), Chiba (122), Osaka (88), Aichi (66), Hyogo (58), Miyagi (53), Ibaraki (36), Hokkaido (34), Fukuoka (31) e Okinawa (29).
11 de março – Grande Terremoto de Tohoku completa 10 anos
“Mesmo depois de 10 anos, as feridas em meu coração permanecem abertas”, essas foram as palavras de um homem de 81 anos que prestava homenagem ao seu neto em Ishinomaki, uma das 15.894 vítimas fatais do Grande Terremoto de Tohoku em 2011.

Nessa quinta-feira o Japão parou para relembrar e honrar todos aqueles que pereceram, os 2.562 desaparecidos, 6.152 feridos e incontáveis vítimas psicológicas do maior e mais violento abalo sísmico da história contemporânea do Japão.
Diversas homenagens ocorreram nas regiões mais afetadas pelo tremor de MW 9.1 seguido de tsunami. No Santuário Kashimamiko (Ishinomaki), um dos pontos de evacuação durante aquele dia no Monte Hiyori, flores foram depositadas junto com orações.

A cidade de Ishinomaki, prefeitura de Miyagi foi a mais castigada com mais de 3 mil vítimas fatais. Rikuzentakata, cidade na prefeitura de Iwate teve mais de 1.700 mortos e a cidade de Fukushima teve 12% de suas terras contaminadas por radiação.
Uma cerimônia realizada no National Theatre na capital japonesa contou com a presença do Imperador Naruhito, a Imperatriz Masako, o primeiro-ministro do Japão Yoshihide Suga e outras figuras públicas importantes do país.

“A tarefa de reconstrução está entrando em suas fases finais nas regiões afetadas com casas reconstruídas e cidades revividas em grande parte” disse o Primeiro-Ministro durante a cerimônia. 14:46 foi realizado um momento de silêncio.

Líderes e personalidades do mundo inteiro prestaram suas condolências ao povo japonês. Após o evento, 94 países incluindo Brasil e Argentina ofereceram ajuda ao Japão. EUA, Coreia do Sul, Austrália, Rússia, Reino Unido, México, Irã, Nova Zelândia e China ajudaram diretamente no resgate das vítimas.
Presidente da TEPCO se desculpa com as vítimas do desastre nuclear de Fukushima Daiichi
Tomoaki Kobayakawa, presidente da Tokyo Eletric Power Company se desculpou com as vítimas do desastre nuclear de Fukushima Daiichi ocorrido em 2011 quando um tsunami de 15 metros comprometeu três dos seis reatores nucleares da planta.

“Nos pedimos sinceras desculpas por termos causado um enorme fardo e levantado grandes preocupações para a população da prefeitura de Fukushima e do público japonês em geral”, afirmou o presidente em entrevista online ao Asashi Shimbun.
Apesar das desculpas, Kobayakawa defendeu o uso da energia nuclear. “Precisamos usar reatores nucleares até certo ponto”, afirmou. A defesa do uso da energia nuclear é embasada por uma energia limpa e amigável ao meio ambiente.
No entanto, de acordo com Kevin Kamps, especialista em lixo radiativo pelo Serviço de Informações e Recursos Nucleares do EUA, essa afirmação é falsa. Além disso, ninguém no mundo sabe o que fazer em relação ao lixo nuclear produzido pelas usinas.

“[…] é uma tecnologia de alto risco. E você sabe, às vezes há quem diga que a energia nuclear é de alguma forma essencial para resolver a crise climática. Isso não é verdade, a energia nuclear será cada vez mais insegura para operar e poderemos muito bem ver uma catástrofe nuclear induzida pela mudança climática”, alertou Kamps.
Embora seja o maior acidente nuclear depois de Chernobyl, Kamps disse que houve muita sorte pela piscina do reator n°4 de Fukushima Daiichi não ter pego fogo. Nas palavras do então Primeiro-Ministro Naoto Kan que tinha um plano de contingência para evacuar entre 35 a 50 milhões de pessoas, se isso tivesse acontecido, seria o fim do Estado japonês.
Mais de 35 mil pessoas continuam deslocadas em Fukushima
Desde a ordem de evacuação em uma área de 340km² em Fukushima há 10 anos, 35 mil pessoas continuam deslocadas de suas casas e a probabilidade de retorno é praticamente inexistente em um futuro curto, médio ou de longo prazo.

Masao Uchibori, governador de Fukushima disse em entrevista coletiva no dia 8 de março, segunda-feira: “A pedra angular de nossa política nos últimos 10 anos tem sido criar um ambiente onde os evacuados possam voltar para suas casas e encorajar o maior número de pessoas possíveis a voltar para suas cidades de origem. Isso não vai mudar nos próximos cinco anos e nos próximos”.

O discurso de Uchibori deixa claro que ainda há um enorme trabalho ambiental a ser feito na prefeitura para que as pessoas possam retornar para suas cidades natais. Provavelmente, muitas morrerão antes que isso aconteça e outras desistirão.
Oficialmente, a prefeitura de Fukuhima registrou 4.151 mortes no Grande Terremoto de Tohoku, as cidades mais afetadas foram Minamisoma com 1.157 óbitos, 623 em Namie, 486 em Soma, 476 em Tomioka e 468 em Iwaki.
Fontes: Japan Today, Kyodo News, Asahi Shimbun, Mainichi Shimbun, NHK, Nikkei
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