Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão
Nesta quinta-feira foram divulgados os dados sobre novos infectados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão. Os dados são referentes aos testes realizados no dia 1° de março, segunda-feira.
Tokyo conduziu 9.751 testes PCR na segunda-feira em toda a prefeitura e confirmou 279 novos casos do novo coronavírus SARS-CoV-2, 37 casos a menos do relatado na quarta-feira (3). relativo aos testes conduzidos no dia 28, domingo. Dos contaminados, 143 eram do sexo masculino e 136 do sexo feminino.

Em todo o território nacional foram confirmados 1.168 novos casos de COVID-19, dos quais 398 apresentaram sintomas graves e precisaram ser hospitalizados (51 em Tokyo). Foram registrados 67 óbitos relacionados a doença.
Além da prefeitura de Tokyo, as regiões mais afetadas pela pandemia foram Kanagawa (138), Saitama (123), Chiba (107), Osaka (81), Aichi (68), Hokkaido (66), Ibaraki (37), Fukuoka (37) e Fukushima (34).
Novas variantes foram identificadas em 19 prefeituras japonesas
O Japão alertou nessa quinta-feira a identificação de 234 casos confirmados de pessoas contaminadas com as variantes B.1.1.7 (britânica), P.1 (brasileira) e E484K (sul-africana) em 19 das 47 prefeituras.

A primeira infecção com as novas variantes no país foi registrada no dia 25 de dezembro com a cepa britânica, que representa 96% das infecções registradas. Estudos globais confirmam que a B.1.1.7 é 70% mais contagiosa e potencialmente 30% mais letal.
Informações divulgadas pelo National Institute of Infectious Diseases demonstrou infecções rastreadas até o dia 25 de fevereiro. 93% casos ocorreram em pessoas que não realizaram nenhuma viagem internacional recentemente, ou seja, a transmissão aconteceu localmente.
As prefeituras mais afetadas pelas novas variantes foram Saitama (38 casos), Hyogo (36 casos) e Niigata (29 casos). A transmissão local fez as autoridades sanitárias acenderem um alerta para a possibilidade de uma quarta onda da COVID-19 no Japão.

Ciente dos riscos, o primeiro-ministro Yoshihide Suga deverá ceder ao pedido dos governadores da Região Metropolitana de Tokyo (Tokyo, Saitama, Kanagawa e Chiba) em estender o estado de emergência nas quatro prefeituras por mais duas semanas.
11 de março: os 10 anos depois do Grande Terremoto de Tohoku de 2011
10 anos depois da tragédia do Grande Terremoto de Tohoku, o Japão ainda sente as consequências do fatídico 11 de março de 2011, entre elas, a mais notória e ameaçadora é o colapso da planta nuclear de Fukushima Daiichi.

Além dos 10 anos de vazamento de água utilizada para resfriar as aproximadamente 900 toneladas de combustível nuclear, ou seja, água radioativa, a indústria nuclear continua desacreditada e estagnada.
Por causa do vazamento de radiação ao longo desses 10 anos, foi registrado queda de 24,4% da atividade de pesca, especialmente nas três prefeituras mais afetadas pela catástrofe nuclear (Miyagi, Iwate e Fukushima).

No mês passado, restos mortais foram encontrados na costa da prefeitura de Miyagi. O corpo foi identificado como de Natsuko Okuyama, 61 anos, dada como desaparecida após o terremoto seguido de tsunami.
“Estou extremamente feliz que minha mãe foi encontrada próximo do aniversário de 10 anos do desastre. Isso permitirá me reestruturar emocionalmente, colocar minha vida em ordem e seguir em frente”, disse seu filho em entrevista.

Além das 15.901 mortes causadas pelo tremor de MW9.1 seguido de tsunami, 2.528 pessoas seguem desaparecidas, uma ferida aberta na nação e nas famílias que ainda não conseguiram colocar um ponto final nessa história.
Violência doméstica dispara em 2020 no Japão
Uma pandemia de violência doméstica também atinge o Japão. Dados divulgados pela National Police Agency revelou que em 2020 a polícia recebeu 82.643 denúncias, ou seja, 19.378 casos a mais do reportado há cinco anos.
Porém, esse número é subestimado, pois muitas vítimas não conseguem denunciar seus agressores por diversos motivos. De acordo com os dados apreentados, 76,4% das vítimas de violência doméstica são mulheres.

As faixas etárias mais afetadas são em torno dos 30 anos, em 27% dos casos, seguidas por mulheres na casa dos 20 com 23,4% das denúncias. Por fim, 22,9% são mulheres na casa dos 40 anos. Apesar das denúncias, apenas 8.702 pessoas foram indiciadas e somente 5.183 foram presas.
Outro número catastrófico são os casos de abuso infantil que atingiu 106.960 denúncias, são 8.738 casos a mais em comparação com 2019 e um recorde desde que esse tipo de crime passou a ser contabilizado em 2004.

Os abusos mais recorrentes foram agressões psicológicas (78.355), violência física (19.452), negligência (8.858) e abuso sexual (295). Apesar da abertura de novos canais de denúncia criado pelos governos locais e centrais, a prevenção a esse tipo de crime ainda é muito baixa em todo o Japão.
Demanda pelo direito de se desconectar cresce no Japão em meio a pandemia do novo coronavírus
O mercado de trabalho mundial mudou radicalmente a partir dos anos 2000 com a inserção de novas tecnologias no cotidiano das pessoas comuns. A situação ficou ainda mais drástica com o uso de aplicativos de comunicação, como Line, WhatsApp e Telegram, por exemplo.
Essas tecnologias mantém os profissionais em um contato permanente com seu ambiente de trabalho e em muitos casos, sempre disponíveis para realizarem trabalhos que seus superiores passam depois do horário regular de trabalho.

Com a pandemia, muitas empresas japonesas liberaram seus funcionários para trabalharem em regime de home office, no entanto, em vez de ser um benefício, a carga de trabalho aumentou muito por causa do fácil acesso pela tecnologia e pelo próprio home office em si.
A demanda pelo direito de se desconectar vem crescendo no Japão porque os trabalhadores sentem que seus chefes não aceitam o fato de não serem respondidos imediatamente ou que seus funcionários não estejam conectados.
Como o Japão não possui uma legislação, a Labor Lawyers Association of Japan está trabalhando para que o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar crie uma legislação que proteja os trabalhadores deste tipo de assédio.
“Existem companhias que não respeitam a privacidade de seus funcionários colocando até mesmo softwares de monitoramento no computador. O governo precisa considerar seriamente criar uma legislação que permita o direito de se desconectar”, disse Kazuya Takemura, secretário geral da Labor Lawyers Association of Japan
*Errata, correção dia 07/03/21: grande terromoto de Tohoku aconteceu dia 11 de março de 2011. Data foi corrigida no texto.
Fontes: Japan Today, Kyodo News, Asahi Shimbun, Mainichi Shimbun, NHK, Nikkei
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