Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão nas últimas 24 horas
Nessa quinta-feira foram divulgados os dados sobre novos infectados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão. Os dados são referentes a testes realizados no dia 7 de fevereiro, domingo.
Tokyo conduziu 1.621 testes PCR no domingo e 491 deram positivo, 79 casos a mais em comparação com ontem em relação aos testes realizados no dia 6 de fevereiro, sábado. Os contaminados na prefeitura foram de 258 homens e 233 mulheres.

Em todo território nacional foram detectados 1.885 novos casos do quais 736 apresentaram sintomas graves e precisaram de internação (103 em Tokyo). Foram registrados também 121 óbitos relacionados ao COVID-19
As regiões mais afetadas depois da capital japonesa foram Kanagawa (176), Saitama (169), Chiba (145), Osaka (127), Fukuoka (103), Aichi (114), Hyogo (94), Hokkaido (64), Aomori (40), Ibaraki (33) , Kyoto (27) e Okinawa (27).
Japão deve começar imunização semana que vem
O primeiro-ministro Yoshihide Suga afirmou nessa quarta-feira que o programa de imunização no Japão deverá começar na semana que vem, apesar de nenhum plano de vacinação ter sido apresentado pelo governo central.

O imunizante da Pfizer-BioNTech deverá ser aprovado nos próximos dias quando os testes clínicos forem realizados pelas autoridades de saúde do país. “Quando for confirmado a eficácia e segurança da vacina, começaremos a vacinação em meados da próxima semana”, afirmou Suga em entrevista coletiva.
Apesar da declaração, o Japão enfrenta problemas – eles precisarão de seringas especiais para extrair seis doses de cada frasco – para vacinar as pessoas. A questão das vacinas poderá gerar problemas com os imunizantes da Pfizer-BioNTech.

Por conta da falta dessas seringas especiais, 12 milhões de pessoas poderão ficar sem ser imunizadas com as vacinas Pfizer-BioNTech. “No início, usaremos as seringas que podem tirar seis doses, mas conforme a vacinação avançar, as seringas se tornarão escassas”, disse o ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, Norihisa Tamura.
“Estamos trabalhando duro para adquirir mais seringas. Pedimos aos fabricantes de equipamento médico que aumentem a produção”, continuo Tamura. O presidente da Japan Medical Association, Toshio Nakagawa, afirmou que a falta de informações trará confusão as equipes médicas que trabalharão na campanha de vacinação.
Tokyo Women’s Medical University não pagará licença causada pela COVID-19 em caso de comportamento impróprio
Uma notificação aos funcionários da Tokyo Women’s Medical University informado que a instituição não pagará pela licença por contaminação de COVID-19 caso tenha sido contraída por comportamento inadequado.

Embora possa fazer sentido, a notificação não deixa claro como e o que constitui um comportamento inadequado, o que causou apreensão entre os funcionários que temem que a medida possa ser aplicada de forma arbitrária e injusta.
O documento redigido aos funcionários, médicos e enfermeiras da instituição que está aceitando pacientes com o novo coronavírus SARS-CoV-2 afirma que funcionários não serão pagos caso tenham contraído o vírus “por meio de conduta que vai contra o pedido de autocontenção da universidade ou de conduta obviamente inadequada”.

As exigências da instituição orientam uso de máscaras e óculos de proteção dentro do campus, evitar reuniões não essenciais, fazer refeições com distanciamento, não ir a bares, karaokês e academias, mas não informa o que é exatamente o comportamento obviamente inadequado.
Muitos funcionários se sentem ameaçados pela instituição e alguns argumentam a possibilidade em deixar seus postos por trabalharem diretamente com pessoas infectadas e não sentirem que são apoiados pela universidade.
Grandes centros urbanos irão fornecer 10 mil testes PCR por dia
Grandes centros urbanos como Tokyo e Osaka oferecerão aos seus cidadãos 10 mil testes PCR por dia nas regiões mias movimentadas. A medida vem para somar esforços ao estado de emergência estendido até 7 de março vigente em 10 das 47 prefeituras.
Com esses testes adicionais, o governo pretende rastrear melhor e prever novos surtos de contaminações, o que representaria uma quarta onda do novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão. Ao todo, governo investirá JP¥ 8,1 bilhões (R$ 417.083.579,35) no programa,

Além dos testes, será utilizada IA (Inteligência Artificial) nas redes sociais para para rastrear usuários com sintoma ou sejam potenciais contaminadores. Para isso, frases e palavras chaves como “festas” serão utilizadas nas ferramentas de buscas.
“Queremos traçar uma estrutura para iniciar os testes de monitoramento em áreas movimentadas em Tokyo e Osaka entre outros, porque as infecções se espalham das grandes cidades para o interior”, disse em entrevista coletiva o ministro de estado para Economia e Política Fiscal e responsável pela resposta do governo a pandemia, Yasutoshi Nishimura.
Jogos Olímpicos de Tokyo se tornou um problema
Tem-se espalhado aos quatro cantos do mundo que os Jogos Olímpicos de Tokyo acontecerá impreterivelmente no verão de 2021. Apesar das autoridades afirmarem categoricamente, problemas atrás de problemas estão deixando as coisas em uma situação cada vez mais difícil.

Do ponto de vista sanitário, o Japão ainda não aprovou nenhum imunizante, não tem nenhuma vacina no país, não há planos de vacinação, há falta de seringas que podem desperdiçar 24 milhões de doses, não há equipe médica suficiente para a imunização em massa e os governos locais estão no escuro.
Para que as Olimpíadas aconteçam em segurança, o Japão terá de imunizar mais da metade de sua população até a abertura dos jogos, isto é, centenas de milhares de pessoas diariamente, o que na prática parece impossível.
O segundo e o terceiro grande problema prático é o limbo em que se encontram os voluntários de diversos países que deverão trabalhar nos jogos e as declarações sexistas do presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Yoshiro Mori.

Por causa das palavras retrógradas de Mori e sua insistência em permanecer no cargo, mais de 500 voluntários japoneses desistiram de trabalhar nos jogos e a tendência é que a situação piore. O Comitê recebeu mais de 350 ligações e 4.200 e-mails cinco dias após as falas de Mori.
A situação dos voluntários estrangeiros também preocupa, dos 80 mil voluntários, 9.600 são estrangeiros e ainda não sabem quando serão imunizados em seus países. Portanto, é possível que com tantos problemas e sem uma resolução a pandemia, os jogos serão adiados novamente.
Fontes: Japan Today, Asahi Shimbun, Kyodo News, Mainichi Shimbun
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