Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão nas últimas 24 horas
Nessa sexta-feira foram divulgados os dados sobre novos infectados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão. Os dados são referentes a testes realizados no dia 2 de fevereiro, terça-feira.
Tokyo registrou 577 novos casos de COVID-19. Foram registrados em todo o território nacional 2.372 novos casos da doença, dos quais 877 precisaram de internação hospitalar (117 em Tokyo), também foram registrados 106 óbitos relacionados ao novo coronavírus SARS-CoV-2.

As regiões mais afetadas pela pandemia depois da capital japonesa foram Kanagawa (288), Chiba (239), Saitama (227), Osaka (209), Hyogo (96), Hokkaido (93), Fukuoka (91), Aichi (86), Ibaraki (56), Gunma (43) e Okinawa (41).
Além das crescentes infecções e do número de óbitos, muitos japoneses infectados pelo COVID-19 também são obrigados a lidar com o preconceito social e a falta de empatia sentidos por muitos.
Em um dos últimos casos de bullying digital e preconceito, uma deputada da prefeitura de Mie, Sayuri Yamaji de 50 anos, foi alvo de alegações irreais sobre sua contaminação.
Nos últimos meses, Yamaji, enfatizou na câmara da prefeitura a necessidade de combater os estigmas e o bullying praticado contra quem contraiu o SARS-CoV-2. Especialmente nas escolas porque o nível de ansiedade dos alunos estava muito alto, eles sentiam o preconceito até mesmo dos funcionários das escolas.

Após testar positivo para o novo coronavírus, a deputada identificada como o 466° caso anônimo da prefeitura de Mie, resolveu revelar sua identidade. Depois disso, uma série de usuários das redes sociais publicaram rumores.
Diversas publicações sugeriram os motivos da contaminação. Alguns afirmaram ter acontecido em um restaurante ou em um clube de música após assistir um show. Apesar de ter discutido com o dono de um restaurante e ter participado de um evento para apoio aos músicos, Yamaji não comeu ou visitou nenhuma casa de show.
Embora tenha se recuperado da COVID-19, a deputada ainda não conseguiu vencer as falsas alegações dos japoneses nas redes sociais.
Menos de 1% dos japoneses possuem anticorpos contra o novo coronavírus
Um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência com aproximadamente 15 mil japoneses nos dias 14 a 25 de dezembro 2020, indicou que menos de 1% da população do país tem anticorpos contra o novo coronavírus SARS-CoV-2.
Apenas 0,91% dos residentes de Tokyo testaram positivo para os anticorpos, 0,58% em Osaka, 0,53% em Aichi, 0,19% em Fukuoka e 0,14% em Miyagi.

Apesar das diferenças apresentadas nas prefeituras, o nível de imunidade ainda é muito baixo, por isso, é importante continuar seguindo as medidas restritivas, com cooperação dos cidadãos, segundo o ministro da saúde, Norihisa Tamura.
No entanto, o resultado se mostrou melhor em comparação com o estudo realizado em junho de 2020 quando as amostrar revelaram apenas 0,17% dos residentes de Tokyo com anticorpos e 0,03% em Osaka. Mas, os resultados estão longes para a imunidade de rebanho quando 60% a 70% da população deve ter anticorpos.
AstraZeneca protocolou pedido para uso do imunizante no Japão
Nessa sexta-feira, a farmacêutica AstraZeneca protocolou formalmente o pedido para utilizar o imunizante produzido em parceria com a Universidade de Oxford no Japão. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência.
Se aprovada pelas autoridades sanitárias, os imunizantes da AstraZeneca deverão vacinar 60 milhões de japoneses.

Katsunobu Kato, chefe de gabinete do governo e responsável pelas vacinas no Japão fez uma declaração em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira.
Além das vacinas da AstraZeneca (120 milhões de doses), o governo japonês também firmou contrato para adquirir imunizantes da estadunidense Pfizer Inc. em parceria com a alemã BioNTech SE. e da estadunidense Moderna Inc.
Aquário na prefeitura de Kanagawa faz campanha de crowdfunding para alimentar águas-vivas
O Kamo Aquarium na cidade de Tsuruoka, prefeitura de Kanagawa, lançou uma campanha de arrecadação por crowdfunding para alimentar cerca de 60 espécies de águas-vivas. Por causa da pandemia, o aquário perdeu mais da metade de seus visitantes anuais.

Normalmente, o Kamo Aquarium recebe mais de 500 mil visitantes por ano, porém, até o final de janeiro de 2021 o número de visitantes caiu para pouco mais de 210 mil visitantes.
Até a publicação desse artigo, o aquário arrecadou JP¥ 3 milhões (R$ 152.905,34) até o dia 3 de fevereiro. O objetivo é atingir JP¥ 5 milhões (R$ 254.842,23), o montante será o suficiente para alimentar as águas-vivas por um ano. As doações começam a partir de JP¥ 3 mil (R$ 152,91) na plataforma Campifire Inc.
Corte de Sapporo arquiva processo sobre esterilização forçada alegando falta de provas
Um processo iniciado em junho de 2018 por uma mulher de 77 anos e um outro processo protocolado em agosto de 2019 pelo seu marido de 82 anos contra o estado japonês foi arquivado pela Corte Distrital de Sapporo. Seus nomes não foram revelados.

O duplo processo contra o estado exigia uma indenização de JP¥ 22 milhões (R$ 1.121.513,35) por esterilização forçada sob a Lei de Proteção Eugênica (vigorou de 1948 a 1996).
Os colegiados consideraram não haver provas suficientes para suportar as alegações. Além da negativa, foi declarado na sentença: “Não se pode descartar a possibilidade de ela ter feito o aborto por motivos econômicos. Não há evidências suficientes, como a opinião de um médico e fotos de cicatrizes cirúrgicas para reconhecer que ela foi submetida a esterilização”.
Os advogados das vítimas recorrerão, porém, o Ministério da Saúde, Trabalho e previdência divulgou uma nota sobre o caso dizendo: “Entendemos que a reinvindicação do estado foi reconhecida”.
Além da Corte Distrital de Sapporo, as cortes de Sendai, Osaka e Tokyo também rejeitaram ações de vítimas de esterilização forçada em processos similiares.
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