Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão nas últimas 24 horas
Nessa quinta-feira foram divulgados os dados sobre novos infectados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão. Os dados são referentes a testes realizados no dia 1° de fevereiro, segunda-feira.
Depois de recuar por alguns dias o número de contaminados, a taxa de infecção em Tokyo voltou a subir e chegou a 734. Em todo o país foram 2.574 novos casos, 892 precisaram de internação em hospitais (115 em Tokyo) e 79 perderam a vida em decorrência da COVID-19.

Depois da capital japonesa, as regiões mais afetadas foram Saitama (241), Kanagawa (224), Osaka (207), Chiba (202), Hokkaido (120), Fukuoka (120), Hyogo (111), Aichi (101), Ibaraki (64), Okinawa (58), Gunma (53) e Kyoto (42).
Em meio a terceira onda do novo coronavírus SARS-CoV-2 no Japão, o ministro da saúde do Japão, Norihisa Tamura, pediu desculpas aos japoneses. Desde 28 de setembro de 2020, o aplicativo COCOA alertava a proximidade com infectados pela COVID-19 via celular, mas houve falha.
Após uma atualização do app, usuários do sistema Android pararam de receber alertas. Dos 24.6 milhões de downloads do COCOA, 7.7 milhões utilizavam o sistema Android. Ao total representam 30% de todos os usuários.

Segundo o ministro, o problema será corrigido até a metade de fevereiro. Já os usuários do iPhone não tiveram problemas em serem notificados. “Peço desculpas por minar a confiança dos usuários. Nós falhamos em identificar o problema, pois o app não foi testado nos aparelhos mais recentes”, disse o ministro Norihisa Tamura.
Pandemia reduz o nível de criminalidade comum no Japão ao menor nível desde o fim da segunda guerra mundial
A pandemia trouxe com ela muitas quedas, nem todas ruins. Isso porque o Japão registrou em 2020 o menor índice de crimes desde o final da segunda guerra mundial, uma queda de 17,9% em relação ao ano anterior (2019).
Casos de vandalismo em máquinas de venda e pequenos furtos caiu 27% no início da pandemia e 43,2% desde o estado de emergência. Além disso, golpes e fraudes contra idosos caíram 19,7%.

Crimes hediondos recuaram 9,7%. Apesar da queda em casos de homicídios, tráfico em geral, roubos e furtos, os casos de ataques cibernéticos, violência doméstica e abusos de menores aumentaram drasticamente.
Crimes cibernéticos aumentaram 4,1% em 2020, abuso infantil (violência física ou psicológica) cresceu em 8,9%, a maior taxa desde o início da coleta de dados em 2004. Além disso, casos de stalkers continuaram no mesmo nível em comparação a 2019.

Ainda não é possível medir o aumento da violência doméstica, com a pandemia, as vítimas não são capazes de denunciar seus agressores sem correr um grande risco, afinal, são obrigadas a passar mais tempo com seus abusadores por causa das restrições de isolamento social.
No total, foram registrados 614.303 crimes cometidos em todo o Japão. Para parâmetro comparativo, em 2002 foram registrados 2.853.739 crimes no país.
Prova em escolas na prefeitura de Saga causam mal estar com muçulmanos
Uma prova de inglês aplicada em escolas da prefeitura de Saga gerou grande mal-estar por associar a religião islâmica ao terrorismo.
Na prova aplicada em janeiro continha um texto dizendo “[…] um pai diz a seu filho que meninos egípcios não podiam ganhar dinheiro, eles vão a mesquitas para comer e se tornam terroristas”.

Uma coletiva de imprensa foi realizada pelo Conselho de Educação de Saga. Yuji Ochiai, chefe educacional do conselho afirmou: “Sinto um forte sentimento de responsabilidade pelo fato. Trabalharemos para melhorar a compreensão dos direitos humanos entre os educadores públicos. Não podemos ser minuciosos apenas com o treinamento, devemos lidar com a questão em diferentes frentes”.
O ministro da Educação, Cultura, Esportes, Ciências e Tecnologia, Koichi Hagiuda disse que a linguagem injusta e discriminatória é absolutamente inaceitável. “O conselho municipal de educação deve tomar a resposta apropriada para garantir que isso não se repita.”
Altos funcionários do governo são investigados após jantares de luxo pagos pelo filho do Primeiro-Ministro
Altos funcionários do Ministério das Comunicações do Japão estão sendo alvos de investigação após terem sido flagrados em jantares pagos pelo filho do primeiro-ministro Yohishide Suga em restaurantes de elite em Tokyo.
Além dos caros jantares, o filho mais velho de Suga – que trabalha em um empresa de comunicações via satélite, a Tohokushinsha Film Corp. – também ofereceu presentes e pagou pelo transporte de seus quatro convidados, entre eles, Yoshinoti Akimoto, diretor-geral do Escritório de Informações e Comunicações.

A investigação acontece pela quebra da Lei de Ética do Serviço Público Nacional. O encontro foi revelado pelo periódico Shukan Bunshun. O Primeiro-Ministro afirmou não ter conhecimento destes encontros e solicitou um relatório sobre o caso.
Já o chefe do gabinete do governo, Katsunobu Kato, indicou que o Ministério da Justiça tomará as medidas adequadas para lidar com o caso. O filho de Suga conheceu os funcionários quando trabalhou como secretário de seu pai nos anos de 2006 a 2007.
Presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tokyo causa polêmica por fala sexista
Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tokyo causou uma polêmica sexista no Japão.
Nas palavras de Mori, “o Ministério da educação tem insistido muito na escolha de diretoras. Mas uma reunião do conselho com muitas mulheres fará com que isso se prolongue. As mulheres têm um forte senso de rivalidade. Se uma sócia levanta a mão para falar, todas as outras sentem necessidade de falar também, aí todo mundo acaba falando alguma coisa”.

Mas ele não parou por aí: “Alguém me disse que, se aumentarmos o número de mulheres no conselho, também teremos que restringir seu tempo de uso de fala. Caso contrário, elas nunca pararão, o que é problemático”.
As palavras retrógradas do presidente do comitê de 83 anos foram recebidas com um profundo lamento pelas mulheres que compõe o conselho (40%) e pela sociedade japonesa no geral.
Além do Japão, as falas de Mori atravessaram o Pacífico e também foram notícias nos EUA. Japoneses, estadunidenses e entusiastas de esportes de todas as nações utilizaram as redes sociais para exigir a renúncia de Mori do cargo que ocupa.

Atsushi Tamura, um comediante japonês de 47 anos convidado para as Olimpíadas afirmou em seu canal do YouTube o cancelamento de sua corrida com a tocha olímpica após as falas sexistas e rudes do presidente do comitê.
Com a péssima repercussão do caso, Yoshiro Mori, pediu desculpas por suas falas, porém, se recusou a renunciar a presidência do comitê.
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