Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão nas últimas 24 horas
Os dados divulgados nesse domingo apontam para uma desaceleração em todas as regiões do país. Tokyo registrou 633 novos contaminados e está há três dias com o número abaixo de mil. Em todo território japonês foram confirmados 2.672 novos casos além de 64 óbitos em decorrência de complicações do SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas.

Depois da capital japonesa, as regiões mais afetadas pela COVID-19 foram Kanagawa (390), Saitama (243), Osaka (214), Chiba (212), Fukuoka (127), Aichi (121), Hyogo (111), Hokkaido (104), Kyoto (76), Ibaraki (63), Gunma (61) e Okinawa (39).
Apesar da bem-vinda desaceleração nas infecções, o mês de janeiro foi severo em Tokyo. A prefeitura registrou 39.664 novos casos somente em janeiro em um total cumulativo de 99.841 casos. Em dezembro, por exemplo, foram 19.245 casos.

Com o dobro de casos em apenas um mês, o sistema de saúde de Tokyo encontra-se extremamente pressionado e há casos recentes de pessoas contaminadas que não conseguiram um leito e morreram em casa.
Mesmo com o uma situação pouco amistosa e com 64 casos das variantes sul-africanas, britânicas e brasileiras no país, tanto o governo quanto o COI se esforçam para realizar os Jogos de Verão de Tokyo que está previsto para começar em julho de 2021.
Falta de leitos para COVID-19 no Japão revela profunda crise no sistema de saúde
Tal qual nos EUA, o sistema de saúde japonês é gerido majoritariamente por instituições privadas. Dos 4.255 hospitais habilitados a tratar pacientes graves de COVID-19, 2/3 deles são geridos pela rede privada.

E apesar do governo japonês pagar JP¥ 70 mil (R$ 3.651,30) por pacientes infectados com o novo coronavírus SARS-CoV-2 a essas instituições, JP¥ 20 mil (R$ 1.043,23) a mais que um paciente de leito comum, os custos são muito maiores do que alguém com pneumonia, por exemplo.
Embora o número de especialistas e intensivistas no país não dê conta da quantidade de pessoas infectadas, algumas instituições optam por não receber pacientes dado o prejuízo ao hospital.
O Ministério da Saúde, Trabalho e previdência evidenciou em novembro que apenas 21% dos hospitais particulares estão acetando pacientes com o novo coronavírus, 83% dos hospitais subsidiados recebem novos pacientes e 71% dos hospitais dos governos locais.

Os hospitais privados não tem condições de transformar suas enfermarias em UTIs para pacientes de COVID-19, pois no geral são pequenos e não têm uma equipe médica grande o suficiente ou especialistas.
Além disso, as despesas são altas demais para cobrir os custos de operação desses hospitais. Outras instituições também sofrem com a falta de equipes intensivistas especializadas.
Norihisa Tamura, ministra da saúde criticou durante a sessão orçamentária na Câmara dos Conselheiros da Deita a falta de empenho e de preparo do governo na condução da pandemia no país, especialmente durante a terceira onda.
Osamu Nishida, presidente da JSICM (Japanese Society of Intensive Care Medicine) ilustra bem a situação do país. A Alemanha é um país com 80 milhões de habitantes e possui aproximadamente 8 mil profissionais intensivistas.

Já o Japão possui 126 milhões de habitantes e pouco mais de 2 mil profissionais intensivistas. “No Japão, o número de intensivistas por leito em cada hospital é limitado e espalhado pelo país. Esses fatores dificultam e muito a oferta de leitos para pacientes com o novo coronavírus”, afirmou Nishida.
Deflação assombra o Japão em meio a pandemia de COVID-19
Todas as pessoas comuns gostam de pagar mais barato pelo que quer que seja e quando os preços caem, é sempre bem-vindo aos bolsos. Porém, quando se trata de deflação, ou seja, o oposto da inflação, pode-se estar à beira de uma crise gigantesca.
A pandemia de coronavírus trouxe consigo uma série de mudanças no hábito e comportamento dos consumidores do Japão e do mundo. Agora, a regra em geral é gastar o mínimo possível e economizar o máximo possível.

Com a queda no consumo e especialmente no setor de serviços, sendo bares e restaurantes os que mais declinaram, é esperado que o dinheiro deixe de circular e fique concentrado nos bancos causando um efeito dominó na economia japonesa.
Apesar alguns especialistas mais otimistas não verem risco de deflação, os mais pessimistas acreditam que se as restrições continuarem, há sim riscos de uma deflação. A última vez que o país assistiu a esse evento foi na década de 90 no que ficou conhecido como A Década Perdida.
O processo de deflação que começou nos anos 90 só foi superada em 2013, ou seja, foram duas e não uma década perdida.
Japão propõem acordo para custear metade das despesas militares dos EUA no país
O ministro das relações exteriores do Japão Toshimitsu Motegi conversou na semana passada com o atual secretário de estado dos EUA da gestão Biden, Antony Blinken e sugeriu que o Japão custeasse metade dos gastos operacionais das tropas estacionadas no país.

Para esse fim, o governo japonês disponibilizou JP¥ 200 bilhões (R$ 10.432.299.286,00) para o ano fiscal de 2021. O acordo começou durante a gestão do ex presidente estadunidense Donald Trump, mas foi parado por causa da transição para a gestão Biden-Harris.
Os EUA são favoráveis a iniciativa. Apesar da constituição pacifista do Japão, os gastos com defesa vêm aumentando nos últimos anos.
O governo japonês ambiciona desenvolver seus próprios caças furtivos em parceria com a Lockheed Martin ou outra empresa de países parceiros, mísseis anti navio, e o mais polêmico, mísseis capazes de atingir a Rússia.
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