Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão nas últimas 24 horas
No sábado foram divulgados os resultados dos testes contra o novo coronavírus SARS-CoV-2 realizados no dia 27 de janeiro, quarta-feira, em todo o Japão. Tokyo registrou 769 novas infecções pela COVID-19 e segue como a região mais afetada.
Em todo o país foram identificados 3.345 novos casos além de 91 mortes nas últimas 24 horas.
Depois da capital japonesa, as regiões mais afetadas foram Kanagawa (397), Osaka (338), Chiba (317), Saitama (306), Fukuoka (154), Hyogo (137), Aichi (126), Hokkaido (106), Kyoto (82), Okinawa (80), Ibaraki (69), Shizuoka (49), Gunma (31) e Tochigi (24).

Por causa das novas infecções da terceira onda de coronavírus no Japão, o governo central já começou os preparativos para uma possível extensão do estado de emergência que foi declarado no dia 7 de janeiro até o dia 7 de fevereiro.
A decisão se haverá ou não a extensão do estado de emergência com restrinção as atividades de serviços não essenciais será feita na semana que vem.
Bares e restaurantes devem parar de servir bebidas alcóolicas às 19:00 e fechar suas portas às 20:00.

Das 47 prefeituras do Japão, 11 encontram-se no estado de emergência: Tokyo, Kanagawa, Chiba, Saitama, Osaka, Kyoto, Hyogo, Fukuoka, Aichi, Gifu e Tochigi. O governo também deverá incluir a prefeitura de Okinawa e a ilha Miyako.
O primeiro-ministro Yoshihide Suga afirmou que o governo observará melhor os desdobramentos para determinar em quais prefeituras o estado de emergência continuará, quem avança e quem regride nas quatro fases estabelecidas.
Japoneses que se infectaram com o novo coronavírus SARS-CoV-2 encontram dificuldades para voltar ao trabalho
Muitos japoneses que contraíram o novo SARS-CoV-2 encontram dificuldades em retornar ao trabalho. A falta de informação e o medo de que quem se recuperou contamine outros colegas de trabalho são os principais motivos.
Até a primavera de 2020, o padrão japonês exigia que pacientes com COVID-19 fizessem dois testes PCR para confirmar que não havia vírus no organismo antes de voltar ao trabalho. No entanto, novos estudos criaram um novo padrão de segurança no país.

Atualmente, o Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência do Japão instruiu que pacientes assintomáticos ou com sintomas leves fiquem em casa ou em hotel por 10 dias antes de retornar ao trabalho.
De acordo o ministério, após 10 dias, a propagação do vírus por uma pessoa assintomática ou com sintomas leve cai significativamente, pois a carga viral no corpo é extremamente baixa, portanto, é seguro que as pessoas voltem ao trabalho.
Porém, muitas pessoas tiveram problemas em voltar a trabalhar e apontam o estigma de quem já foi contaminado e falta de alinhamento com os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência.

Empregadores solicitam testes ou existem que seus funcionários fiquem mais dias afastados. E apesar de prometerem pagamento integral pelo tempo afastado, é crescente os casos de desconto nos pagamentos.
Também há relatos de pessoas recuperadas estarem com mais dificuldades em realizar contatos profissionais. Mesmo demonstrando aos empregadores as normas estabelecidas pelo governo japonês, os trabalhadores pouco podem fazer a não ser aceitar o que lhes é imposto.
Uso de máscara por profissionais da comunicação no Japão gerou debate no país
Desde o dia 19 de janeiro, os jornalistas e âncoras da emissora TV Tokyo Corp. utilizam máscaras. A decisão foi tomada depois que a emissora fez uma pesquisa e descobriu que 80% dos entrevistados são favoráveis ao uso de máscaras pelos profissionais da comunicação.
Em um dos comentários dos pesquisados, uma mulher residente de Tokyo de 44 anos disse que para ela, a ideia de que o público em geral precise usar máscaras e os jornalistas não, é extremamente irritante. “Estou trabalhando em casa, mas recentemente parei de assistir TV por conta disso”.

Alguns argumentam que o uso de máscaras por profissionais da comunicação impede que o público veja suas reações e expressões faciais. Há também quem reclame que as máscaras não permitam a leitura labial.
A TV Tokyo Corp. informou ao público que providenciará legendas para que a questão da leitura labial seja resolvida. Já Satoru Masagaki, diretor executivo da estatal NHK não está disposto a incluir o item de segurança durante as transmissões do canal.
Para o diretor, o acrílico instalado nos estúdios é o suficiente para evitar a propagação do novo SARS-CoV-2. Agências de talento também estão sofrendo com a questão pois seus ativos são, em suma, a aparência de seus contratados.
O debate segue nas redes sociais entre o uso de máscaras para estimular a população e as percepções não verbais dos noticiários que informam tanto quanto o que é dito para o público.
Doações para “imposto da cidade natal” aumentou no ano fiscal de 2020
No Japão há um programa governamental para ajudar as pequenas cidades e vilas por meio de doações voluntárias. O programa foi criado pelo primeiro-ministro Yoshihide Suga em 2007 quando ele era chefe do Governo.
Furusato Nōzei (ふるさと納税) – imposto da cidade natal – é destinada as regiões rurais do Japão e dão ao contribuinte créditos no imposto de renda e impostos municipais. Além disso, o contribuinte pode receber alimentos e especiarias do local que ele doou. Confira o vídeo abaixo (apenas em japonês).
As especiarias estão em alta, pois boa parte dos japoneses estão passando mais tempo em casa por conta da pandemia. Um dos sites que administram o portal de doações, o Satofull Co. afirmou que as doações dobraram entre abril e setembro de 2020.
Em Kyoto, por exemplo, no ano fiscal de 2019, a cidade recebeu JP¥ 250 milhões (R$ 13.044.737,75). O ano fiscal de 2020, que só termina no dia 31 de março, já arrecadou JP¥ 1.8 bilhões (R$ 93.922.111,84) em doações.
Em todo o país, é previsto que as doações somem JP¥ 512.7 bilhões (R$ 26.752.148.187,95), o melhor resultado desde o ano fiscal de 2018. A atitude solidária ajudará os serviços de saúde de Hokkaido e Osaka (solicitaram que os doadores não peçam presentes para não gerar custos).
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