Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão nas últimas 24 horas
Neste sábado (24), Tokyo reportou 1.070 novos casos de COVID-19 e segue sendo a região mais afetada pelo coronavírus no Japão. Ao todo, foram 4.717 infectados no país.
Depois da capital japonesa, as regiões mais afetadas foram Osaka (525), Kanagawa (521), Chiba (411), Saitama (325), Aichi (246), Hyogo (225), Fukuoka (214), Hokkaido (138), Ibaraki (132), Kyoto (121), Okinawa (79), Yamaguchi (51), Miyagi (48), Gifu (42) e Tochigi (40).

Nas últimas 24 horas, o Japão atingiu a marca cumulativa de 361.891 contaminados e 5.063 mortos. Além do emblemático número, uma sucessão de momentos de descontrole da pandemia vem sendo sentida por todo o país.
Foi reportado pelo jornal Asahi Shimbun nesse sábado que 18 pacientes do novo coronavírus SARS-CoV-2 morreram enquanto faziam isolamento em casa, o que revela a enorme pressão que o sistema de saúde japonês está sofrendo nos últimos meses.

Outra preocupação é com a nova variante B117 (70% mais contagiosa e potencialmente 30% mais letal) identificada no Reino Unido. Na sexta-feira, duas meninas com menos de 10 anos sem histórico de viagens para o Reino Unido foram contaminadas com a nova mutação.
Em uma tragédia provocada pela pandemia de COVID-19, incluindo todos os problemas mentais que vieram junto como ansiedade e depressão, uma mulher de aproximadamente 30 anos cometeu suicídio após testar positivo para o novo coronavírus.

Após ser contaminada e ter seu nome na lista de espera para conseguir um leito no hospital, ela teve medo de contaminar sua filha e seu marido, então decidiu tirar sua vida para não oferecer perigo para sua família. A governadora de Tokyo Yuriko Koike lamentou a tragédia.
Japão decide não ser signatário do Tratado de Proibição de Armas Nucleares (TPNW)
Para a surpresa – ou não surpresa – de muitos japoneses, admiradores da cultura japonesa e especialistas em política, o Japão decidiu não ser signatário do Tratado de Proibição de Armas Nucleares (TPNW) que entrou em vigor nessa sexta-feira, 21, e que conta com 50 signatários.

Apesar dos esforços da ONG Nihon Hidankyo (The Japan Confederation of A- and H-Bomb Sufferers Organization) em coletar mais de 13 milhões de assinaturas para uma petição, a posição do único país a sofrer com ataques nucleares manteve-se irredutível.
O primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga justificou a posição do governo do Japão dizendo que o país deve se manter atento e, quem sabe no futuro, integrar os países que já ratificaram o acordo.

“Como único país a ter sofrido com um bombardeio atômico durante o período de guerra [2ª Guerra Mundial], o Japão tem a responsabilidade de tomar a liderança no esforço de conduzir a comunidade internacional para um mundo sem armas nucleares. Porém, o TPNW não tem o suporte das potências nucleares nem da maioria dos países não-nucleares. Por isso, mantemos nossa posição de que é necessária uma postura realista quando ao desarmamento nuclear, reiteramos que o Japão não tem intenção de ser signatário do tratado.” Yoshihide Suga
De acordo com o ministro das relações exteriores Toshimitsu Motegi, o país precisa lidar com sua própria realidade, ou seja, considerar a ameaça nuclear norte-coreana.
Isso significa manter a firme posição de dissolução. Analistas adicionam que o Japão precisa manter-se sob a proteção dos EUA para dissuadir países como China e especialmente Coreia do Norte.
Grafite de 440 anos é encontrado em templo Ganko-ji em Gifu
“Quero que esta pincelada seja minha lembrança se eu morrer em algum lugar”. Essa é uma das escritas na parede atrás do altar budista do templo Ganko-ji em Gifu. Os grafites datados de 1581 serão preservados e foram designados como um importante bem cultural do país.

O templo está em reformas desde 2017 e os grafites foram descobertos recentemente. Yoshitaka Mikami, professora do Museu Nacional de História japonesa é especialista nesse tipo de arte antiga.
De acordo com ela, no final do século XVI e início do século XVII, viajantes faziam o que era conhecido como katamikatami. Naquele tempo, esse tipo de arte onde as pessoas escreviam seus nomes e lugares de origem faziam parte da prática religiosa.
Segundo Mikami, os grafites não tinham a conotação negativa de depredação como é hoje, se tratava de deixar registrado uma visita, tal qual é um livro de hóspedes ou de visitantes nos dias atuais. Durante os séculos XVI e XVII não era uma infração ética fazer isso.
O diretor da Associação Japonesa Para a Conservação de Monumentos Arquitetônicos, Toimi Uchiyama se disse surpreso pela quantidade de escritas no salão principal do templo.

Takahiro Kurosaka, especialista em bens culturais da Agência de Assuntos culturais afirmou ser uma raridade. “Por ter sido escrito quando o templo foi construído, acredito que os grafites sejam um documento valioso que contam a história de como o templo foi construído”.
A descoberta deverá ser exibida para o público (caso exista as condições necessárias para tal) quando o templo for reaberto para visitações.
Jogos Olímpicos de Tokyo 2021 volta a ser alvo de polêmicas
No dia 12 de janeiro, o portal Kyodo News realizou uma pesquisa e revelou que 80,1% dos japoneses se opõem a realização dos Jogos Olímpicos de Tokyo em 2021 (35,3% acreditam que as Olimpíadas deve ser canceladas e 44,8% acreditam que deve ser adiado).
Porém, apesar do recrudescimento da pandemia, o COI (Comitê Olímpico Internacional) e as autoridades japonesas não tem intenção em adiar as Olimpíadas de 2020-2021.

Nesse sábado, o COI informou novas regras para que os torcedores possam comparecer nas competições, entre elas, a redução considerável de espectadores nos estádios e quem sabe, a depender dos desdobramentos da pandemia, as competições acontecerem sem público.
“Estamos trabalhando e nos preparando para múltiplos cenários que poderão ser enfrentados entre julho e agosto durante a realização das Olimpíadas. Isso vai desde leis de imigração, regras de quarentena, distanciamento social na Vila Olímpica, quantos espectadores virão e quantos poderão estar presentes”. – Thomas Back, presidente do Comitê Olímpico Internacional
Japão fará a primeira competição de cyber segurança
No dia 14 de março de 2021 será realizada a primeira competição de cyber segurança do Japão com o patrocínio do Ministério da Defesa. O objetivo da competição que contará com cerca de 200 participante é encontrar novos talentos para aumentar a segurança digital do país.

As maiores potências militares do mundo (países da OTAN e aliados, Rússia, China, Paquistão, Israel, Índia e Coreia do Norte) já possuem divisões inteiras em suas forças armadas dedicadas a cybersecutiry e ciberattacks.
Ataques cibernéticos estão cada vez mais frequentes e mais sofisticados, e apesar de soar como algo distante nos noticiários, um ataque cibernético tem um potencial destrutivo comparado a uma arma de destruição em massa e pode afetar diretamente a vida de todas as pessoas de um país.
ByteDance começa se preparar para investimentos no Japão
Proprietária do sucesso global TikTok, a chinesa ByteDance Ltd. começou a se preparar para investir em empresas de tecnologia no Japão. A gigante tecnológica abriu um escritório em Tokyo em 2017 e integrou a mais poderosa federação lobista e tecnológica do Japão, a Keidanren (Japan Business Federation) em 2020.

Além disso, a ByteDance também integra a Japan Eletronics and Information Technology Industries Association, o que pavimentou o caminho e os laços com outras companhias de tecnologia no Japão.
A expectativa é da empresa é se tornar ativa no dentro do mercado japonês investindo nas companhias locais. Ainda existe receio das autoridades japonesas sobre as questões de espionagem levantadas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

Até o presente momento, a ByteDance não investiu em nenhuma empresa, pois parlamentares governistas pediram restrições no uso de alguns aplicativos por questão de segurança, uma alusão ao TikTok.
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