A cidade de Kyoto no Japão está passando por dificuldades financeiras, devido a falta de turistas. No ano que a pandemia estourou no mundo em 2020, houve uma queda de 88% do turismo. O prejuízo chegou por volta de U$ 440 milhões, só para ter ideia.
Risco de falência em uma década
A situação é tão crítica que o prefeito da cidade histórica, Daisaku Kadokawa, avisou que há risco de falência dentro de uma década, caso o problema persista.
O déficit fiscal para o final de março de 2022 é esperado em ser muito maior que o prejuízo causado pela pandemia e pode chegar a 50 bilhões de ienes, que será somado a outro valor de 860 bilhões de ienes (U$ 7.5 bilhões) de débito acumulado.
Perdas bilionárias
Se isso continuar, as perdas anuais poderão ser de 260 bilhões de ienes (U$ 2,3 bilhões) em 2025. A cidade luta para se recuperar e os indícios mostram que a situação não está perto de melhorar.
As reservas dos hoteis não está um terço próxima do que era em 2019, antes da pandemia. O inverno promete ser nada promissor.
Adiamento da campanha Go To Travel
Para deixar as coisas piores para o turismo de Kyoto, o governo japonês adiou a volta da campanha Go To Travel, um programa que incentivava o turismo doméstico, ao subsidiar os custos das viagens.
A campanha foi paralisada devido ao avanço dos casos de coronavírus e atualmente está em revisão e uma possível volta está programada para fevereiro de 2022. O atual primeiro-ministro, Fumio Kishida afirmou que o programa voltará apenas quando for seguro.
Para completar, os turistas estrangeiros, incluindo estudantes internacionais ainda estão proibidos de entrar no Japão. Então, o plano para reestruturar as finanças da cidade inclui cortar alguns empregos.
550 vagas cortadas até 2025
Estima-se que 550 vagas serão cortadas até 2025, além da redução de serviços de assistência social. Essas medidas drásticas ajudarão a economizar 160 bilhões de ienes (U$ 1.4 bilhões) e prevenir que o governo central assuma o controle de Kyoto.
Outro problema se acumula ao débito devido a falta de turistas, que movimentava a economia da cidade.
Uma das duas linhas de metrô construídas em 1997 ainda não foi integralmente paga. Além disso, o recolhimento de impostos é baixo, pois 40% da população é composta por estudantes ou pessoas com 65 anos ou mais, que dificilmente pagam taxas.
Além disso, templos e santuários são isentos de pagamentos de algumas taxas e as casas tradicionais de madeira (machiya) também pagam menores valores.
Fonte: Asia News
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