O Japão desistiu na terça-feira, 18/05/21, de alterar a lei de imigração que vinha causando polêmica entre os defensores de direitos humanos, segundo a agência de notícias Reuters.
Membros do partido democrata liberal (LDP) estavam tentando fazer mudanças na lei. Segundo a proposta de alteração, os imigrantes que tivessem a terceira negativa em conseguir status político de refugiado poderiam ser deportados para seu país de origem.
Segundo os advogados do LDP, o objetivo seria resolver o problema de detenções prolongadas nos centros de imigração.
Muitos estrangeiros acabam passando longas temporadas detidos nos centros em um impasse, pois sem o status de refugiado não podem ficar no Japão, mas também não podem ser enviados de volta ao seu país por causa das leis internacionais.
Desde o anúncio da intenção dessa alteração, representantes dos direitos humanos, advogados e imigrantes no Japão protestavam.

Forçar o envio destes imigrantes é considerado ilegal, além disso, muitos fugiram de países em conflito por motivos de guerra civil ou embates políticos graves.
A discussão chegou ao fim neste mês de maio, pois a morte de uma imigrante do Siri Lanka em março despertou fortes críticas da opinião pública, da mídia japonesa e internacional.
Wishma Sandamali tinha 33 anos e estava detida no centro de imigração em Nagoya. Ela reclamava de dores no estômago e outros sintomas desde janeiro.

Ela procurou a polícia no mês de agosto, pois estava sendo vítima de violência doméstica. No entanto, foi presa por causa de complicações com seu visa.
Desde sua morte, as críticas aumentaram e o partido do Primeiro-Ministro Yoshihide Suga desistiu de fazer a alteração na lei de imigração japonesa.
Além disso, a popularidade de Suga caiu 33% conduzida pela agência Jiji por conta de sua atuação na crise da pandemia de coronavírus.
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Créditos imagem principal: Mainichi
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