Em um único post, confira uma seleção de resumos das notícias do dia saídas e traduzidas dos principais portais de notícias no Japão. Confira temas de categorias diferentes, como política, entretenimento, sociedade e mais. Se atualize e saiba o que aconteceu no país de uma vez só em poucos minutos.
COVID-19 no Japão nas últimas 24 horas
Nesta quinta-feira foram conduzidas as simulações de vacinação em massa na cidade de Kawasaki, na grande Tokyo em um ginásio de uma escola de enfermagem. O exercício foi realizado para entender quais serão as necessidades dos locais de vacinação.

Os resultados da simulação mostraram, a instalação que contou com cinco enfermeiras para administrar o imunizante foi capaz de atender 30 pessoas por hora. Após a aplicação (simulada), os vacinados ainda precisam de 30 minutos de observação para possíveis reações alérgicas.
O prefeito de Kawasaki, Norihiko Fukunda, espera que a simulação possa servir de modelo para outras regiões do país.

Também nesta quinta-feira foram divulgados os dados dos testes para a detecção do novo coronavírus recolhidos na segunda-feira (25) no Japão. Tokyo, a região mais afetada, teve 1.064 novas infecções. Em todo o país foram registrados 4.132 novos casos e 113 óbitos nas últimas 24 horas.

As regiões mais afetadas depois da capital japonesa foram Kanagawa (433), Osaka (397), Chiba (314), Saitama (292), Aichi (244), Hyogo (231), Fukuoka (185), Hokkaido (115), Kyoto (109), Okinawa (98), Shizuoka (89), Ibaraki (60), Gifu (53) e Tochigi (34).
Especialistas apontam os grandes desafios para a vacinação em massa no Japão
De todos os países desenvolvidos, o Japão será o último a iniciar a campanha de vacinação. Apesar de o país ter assegurado muitos mais vacinas do que necessita, problemas logísticos deverão ser enfrentados nos próximos meses.
Uma das questões principais para além do óbvio – saúde pública – é a realização dos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020-2021, apoiado por 60% das empresas japonesas patrocinadoras dos jogos. O levantamento foi feito pela rede estatal NHK.

Para as empresas ouvidas pela emissora, as Olimpíadas serão positivas para os atletas, mesmo com presença do público reduzida e fortalecerá a economia fortemente atingida pela pandemia de coronavírus SARS-CoV-2.
Porém, para a realização dos jogos ser possível, o Japão precisará imunizar cerca de 870 mil pessoas por dia para metade da população estar imunizada até o início das Olimpíadas. Os jogos começarão virtualmente no dia 23 de julho.
Koji Wada, um dos conselheiros do governo para a resposta ao COVID-19 afirmou: “Grandes centros metropolitanos como Tokyo podem ter infraestrutura para a vacinação em massa, já as áreas rurais do país… bem, essas regiões podem ter muitas dificuldades”.

Mas, não só a parte rural enfrentará dificuldades. Há uma série de problemas logísticos e financeiros que podem atrasar os planos do governo para vacinar sua população. A falta de profissionais qualificados para a aplicação e os profissionais de saúde exaustos são algumas delas.
Não será fácil conseguir a quantidade de freezers e gelo seco necessários para manter as milhões de doses de vacinas da Pfizer Inc. e BioNTech SE. a temperatura de -75°C. Além disso, o padrão elétrico do Japão é de 110V, mas algumas regiões utilizam 220V, o que representa mais um obstáculo.

Ainda existem muitas lacunas sobre os desafios logísticos, materiais, financeiros e de recursos humanos para o início da imunização no Japão.
Yoshihito Niki, especialista em doenças infecciosas do Showa University Hospital disse: “É melhor mover-se com cautela e cuidado com as vacinações do que fazer com que os municípios corram com as preparações, mas sem muita ideia do que fazer”.
Japão anuncia mais um pacote de estímulo à economia
A sessão orçamentária da Dieta formalizou um novo estímulo para a economia japonesa de JP¥ 19.18 trilhões (R$ 1.001.133.201.994,80) para o ano fiscal de 2020 (encerra no dia 31 de março de 2021). Portanto, o ano fiscal do Japçao 2021 começa apenas em abril.

A medida foi criticada pela oposição. Eles pedem ajuda principalmente aos profissionais de saúde, trabalhadores da linha de frente no combate a COVID-19 e a população mais pobre.
Porém, os legisladores governistas se recusaram a revisar o pacote adotado. No total, apenas JP¥ 7.39 trilhões (R$ 385.728.762.795,20) deverão atender aos pequenos comércios e no combate efetivo a pandemia da coronavírus no Japão.
Serão JP¥ 4.36 trilhões (R$ 227.574.750.444,80) em medidas contra o novo SARS-CoV-2, isto é, apoio financeiro a bares e restaurantes e ajuda as instituições de saúde na aquisição de leitos e outros materiais hospitalares essenciais para atender a população.

Para o setor do turismo serão destinados JP¥ 1.03 trilhões (R$ 53.761.924.990,40) como parte do estímulo “Go To Travel”, atualmente paralisado.
Outros JP¥ 2 trilhões (R$ 104.392.087.360,00) serão investidos em empresas investidoras de tecnologia verde como parte do esforço da meta de zerar as emissões de carbono até 2050.
Yoshihide Suga e Joe Biden fortalecem aliança Japão-EUA
O primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga conversou por telefone com o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, por volta da meia noite, horário de Tokyo. Na ligação, os chefes de estado reafirmaram as relações militares entre os dois países.

Biden agradeceu a disposição do colega japonês em atendê-lo na madrugada e reiterou o “compromisso inabalável dos EUA de defenderem as ilhas Senkaku” que a China entende como parte de seu território.
Além das ilhas disputadas com a maior potência econômica e militar da Ásia, Biden também afirmou que Japão e EUA trabalharão juntos contra a ameaça norte-coreana e chinesa no âmbito da liberdade de navegação.

Para responderem aos desafios chineses, Suga e Biden concordaram em trabalhar em conjunto com Índia (Índia e China disputam fronteira e já travaram uma guerra em 1962) e Austrália (Austrália e China vivem uma guerra comercial e acusações mútuas de interferência nos assuntos internos).
A ligação durou cerca de 30 minutos. Segundo fontes, os líderes se trataram pelo primeiro nome, “Yoshi e Joe”. Questões sobre o meio ambiente, aquecimento global e a pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 também estiveram em pauta na conversa.
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