A Mercer Strategy, companhia estadunidense de consultoria realiza anualmente a Mercer’s Cost Living Survey, um levantamento para avaliar quais são as cidades mais caras do mundo para se viver.
Em 2020, Tokyo foi eleita a 3ª cidade mais cara do mundo para se viver e ficou atrás apenas de Hong-Kong e Ashgabat, capital do Turcomenistão. Em 2021, Ashgabat se tornou a mais cara, seguida por Hong-Kong.

Já a capital japonesa acabou se tornando a 4ª cidade com o maior custo de vida do mundo porque Beirute (capital libanesa) ocupava a 42ª até pouco tempo atrás, mas se tornou a 3ª após a mega explosão de seu porto, causando uma crise econômica sem precedente.
Não é apenas o Líbano que passa por maus momentos. Ashgabat também se tornou a primeira da lista graças a profunda crise financeira do Turcomenistão e a hiperinflação que está corroendo o poder de compra da população.
Seis das dez cidades mais caras do mundo estão na Ásia
Em 2021, das dez cidades mais caras para se viver, 6 ficam na Ásia. Com exceção de Beirute, as outras três cidades ficam na Europa, mais especificamente na Suíça. Confira o ranking abaixo.
- Ashgabat – Turcomenistão;
- Hong Kong – China;
- Beirute – Líbano;
- Tokyo – Japão;
- Zürich – Suíca;
- Shanghai – China;
- Singapura;
- Genebra – Suíça;
- Beijing – China;
- Berna – Suíça.
Recentemente foi noticiado pelo SCMP (South China Morning Post) que Hong-Kong detém a vaga de estacionamento mais caro do mundo: U$ 1,3 milhões (aproximadamente R$ 6,5 milhões) no condomínio Mount Nicholson, um dos metros quadrados mais caros da cidade.

Antes deste recorde, a vaga mais cara do mundo – também em Hong-Kong – custava U$ 996 mil (cerca de R$ 4,9 milhões) no edifício em que foram gravadas algumas cenas para o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas, o segundo da trilogia dirigida por Christopher Nolan.
Critérios da consultoria
Para fazer o levantamento, a Mercer Strategy analisou 209 cidades em todo o mundo e comparou custos de moradia, transporte, alimentação e entretenimento. New York é a cidade utilizada como parâmetro e os valores com o câmbio em dólar.
Segundo Ilya Bonic, a pandemia continuará causando perturbações sem paralelo na mobilidade internacional. Isso fará com que muitas empresas reavaliem como gerenciarão sua força de trabalho.
“A pandemia adicionou uma nova camada de complexidade, bem como implicações de longo prazo relacionadas a saúde, segurança dos funcionários, trabalho remoto, políticas de flexibilização (trabalhista) entre outras considerações. Conforme as organizações repensam suas estratégias de mobilidade e talentos, dados precisos e transparentes são cada vez mais importantes para remunerar os funcionários de forma justa para todos os tipos de ocupações.” – Ilya Bonic, presidente da presidente da Mercer Stratedy.
Alto custo de vida
Estrangeiros que admiram o Japão por qualquer uma das mais de mil razões possíveis, podem cair no engano de acreditar que a vida por lá é mais fácil, do que no Brasil, por exemplo.
Embora seja inegável a diferença na qualidade de vida em relação a infraestrutura, segurança e poder de compra em relação ao Brasil, no entanto, o custo de vida japonês é um dos mais altos do mundo, principalmente se tratando de habitação e alimentação.

Diferente do Brasil, país de proporções continentais, o Japão é um pequeno arquipélago com aproximadamente 126 milhões de habitantes, ou seja, o espaço é extremamente limitado, seja para morar, seja para cultivar.
Ademais, Tokyo é a maior cidade do mundo, a Região Metropolitana de Tokyo (Toyko, Kanagawa, Chiba e Saitama) têm cerca de 37 milhões de habitantes, mais de um terço de todo o país.
A disputa por espaço e por um lugar ao Sol é o que faz a capital japonesa ser tão cara assim, afinal, além de ser a cidade com uma das melhores infraestruturas do mundo, também oferece os melhores e mais bem remunerados empregos do Japão.
0 comentário em “Tokyo é eleita a 4ª cidade mais cara do mundo para se viver”