O hospital Juso em Osaka enfrenta um difícil desafio na pandemia de coronavírus. Originalmente, sua equipe oferecia tratamentos médicos básicos para a região e atendia cerca de 500 pacientes todos os dias. No entanto, desde abril e por ordem do governo, virou o primeiro centro de tratamento exclusivo de coronavírus do Japão. Desde então, enfrenta um enorme desafio.
Créditos: NHK
Primeiro centro de tratamento exclusivo de Covid-19 no Japão
Nishiguchi Yukio, diretor do hospital Juso, conta que eles não tiveram tempo para se preparar, eles tinham muitas cirurgias e nascimentos marcados, mas tiveram que reagendar e transferir os pacientes.
Segundo a reportagem do NHK, nenhum deles tinha experiência com tratamento de doenças infecciosas e muito menos tinham ensacado um cadáver em seus anos de carreira. Além disso, nunca tinham sequer colocado roupas de proteção, mas tiveram que aprender.
Eram cardiologistas, obstetras, ortopedistas, pediatras, oftalmologistas, entre outros. O medo constante acompanha o dia a dia de quem trabalha no hospital, além de lidarem com uma sobrecarga de serviços já que existe falta de profissionais.
Pacientes com sintomas moderados
O hospital tem 90 leitos e trata pacientes com sintomas moderados e que não precisam de ventilação artificial. A capacidade já chegou a ficar crítica com 47 pacientes internados. Já tratou mais de 400 casos desde abril.
Desafio com os idosos
Existe um desafio com o tratamento de idosos. Existe um número limitado de pessoas que podem entrar nos quartos e os pacientes idosos precisam de atenção especial.
As enfermeiras estão atuando como cuidadoras, já que esses idosos precisam de ajuda para tudo.
Decisão
O hospital Juso lidou com 4 óbitos, o que é inusitado já que apenas são aceitos pacientes com sintomas moderados. As mortes foram de idosos que tiveram complicações ao Covid-19 e recusaram formas para prolongar suas vidas. Eles morrem com as enfermeiras aos seus lados.
Uma funcionária contou para a reportagem do NHK, as dificuldades com que lida desde o início da pandemia.
“Eu nunca tinha colocado um corpo em saco antes. Casos como esses não aconteciam como parte de nossas obrigações regulares. É muito exaustivo, pois é doloroso e inusitada experiência.”
Hostilidade e pressão
Além disso, os funcionários trabalham com a emoção a flor da pele, já que são usualmente hostilizados por lidarem com casos de Covid-19. No dia da reportagem, pessoas se reuniram na porta do hospital Juso para ofender os médicos e enfermeiros.
Segundo conta o diretor do hospital, Nishiguchi Yukio, desde abril uma nova leva de funcionários pede demissão de tempos em tempos. Foram dez nos últimos seis meses.
Sem certeza de como será o futuro, muitos profissionais pedem transferência para voltarem a atuar em suas áreas. Segundo Yukio, seu receio é que em breve eles não terão funcionários para poderem atenderem aos pacientes de forma apropriada.
Três meses após o hospital tratar exclusivamente pacientes com coronavírus, Yukio decidiu reabrir consultas com pacientes regulares atendendo a pedidos dos moradores da região.
Adaptações foram feitas para atendimento e uma forma de aliviar o fardo de alguns profissionais que puderam voltar a trabalhar em suas especialidades.
Terceira onda
O diretor do hospital Juso conta que os profissionais precisam estar prontos, pois uma terceira onda de infecção é esperada com a chegada do inverno.
O hospital Juso em Osaka enfrenta um difícil desafio na pandemia de coronavírus. Originalmente, sua equipe oferecia tratamentos médicos básicos para a região e atendia cerca de 500 pacientes todos os dias. No entanto, desde abril e por ordem do governo, virou o primeiro centro de tratamento exclusivo de coronavírus do Japão. Desde então, enfrenta um enorme desafio.
Primeiro centro de tratamento exclusivo de Covid-19 no Japão
Nishiguchi Yukio, diretor do hospital Juso, conta que eles não tiveram tempo para se preparar, eles tinham muitas cirurgias e nascimentos marcados, mas tiveram que reagendar e transferir os pacientes.
Segundo a reportagem do NHK, nenhum deles tinha experiência com tratamento de doenças infecciosas e muito menos tinham ensacado um cadáver em seus anos de carreira. Além disso, nunca tinham sequer colocado roupas de proteção, mas tiveram que aprender.
Pacientes com sintomas moderados
O hospital tem 90 leitos e trata pacientes com sintomas moderados e que não precisam de ventilação artificial. A capacidade já chegou a ficar crítica com 47 pacientes internados. Já tratou mais de 400 casos desde abril.
Desafio com os idosos
Existe um desafio com o tratamento de idosos. Existe um número limitado de pessoas que podem entrar nos quartos e os pacientes idosos precisam de atenção especial.
As enfermeiras estão atuando como cuidadoras, já que esses idosos precisam de ajuda para tudo.
Decisão
O hospital Juso lidou com 4 óbitos, o que é inusitado já que apenas são aceitos pacientes com sintomas moderados. As mortes foram de idosos que tiveram complicações ao Covid-19 e recusaram formas para prolongar suas vidas. Eles morrem com as enfermeiras aos seus lados.
Uma funcionária contou para a reportagem do NHK, as dificuldades com que lida desde o início da pandemia.
Hostilidade e pressão
Além disso, os funcionários trabalham com a emoção a flor da pele, já que são usualmente hostilizados por lidarem com casos de Covid-19. No dia da reportagem, pessoas se reuniram na porta do hospital Juso para ofender os médicos e enfermeiros.
Segundo conta o diretor do hospital, Nishiguchi Yukio, desde abril uma nova leva de funcionários pede demissão de tempos em tempos. Foram dez nos últimos seis meses.
Sem certeza de como será o futuro, muitos profissionais pedem transferência para voltarem a atuar em suas áreas. Segundo Yukio, seu receio é que em breve eles não terão funcionários para poderem atenderem aos pacientes de forma apropriada.
Três meses após o hospital tratar exclusivamente pacientes com coronavírus, Yukio decidiu reabrir consultas com pacientes regulares atendendo a pedidos dos moradores da região.
Adaptações foram feitas para atendimento e uma forma de aliviar o fardo de alguns profissionais que puderam voltar a trabalhar em suas especialidades.
Terceira onda
O diretor do hospital Juso conta que os profissionais precisam estar prontos, pois uma terceira onda de infecção é esperada com a chegada do inverno.
Fonte: NHK
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